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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Favela era o nome dado aos jovens excluídos, de Cosmorama, que se uniram numa bela amizade.

- Morando em Cosmorama, a primeira vez que fui para Rio Preto durante o dia, foi com a prima do Vicente, Tianinha, o marido Marcos, o filho Mateus e uma vizinha, fomos levar a cachorrinha deles no veterinario. Eu fui só para passear e conhecer.
- Comecei a sair com a Marli esposa do Zé Damião (motorista de caminhão que trouxe a nossa mudança) para ir as reuniões de Nemawashi nas cidades vizinhas. Enquanto Vicente e Antonieta também buscavam por frutas para comprar. Quando Vicente não estava acompanhando a colheita ou passando veneno nas mangueiras, estava a procura de pomar para comprar frutas ou concertando alguma coisa do sítio ou da casa da Antonieta.


- Os nossos meninos, reclamaram que a catequista dos marianinhos estava sitando a turma deles como mau exemplo e pedindo para que não tivessem amizades com aqueles jovens. O Padre Pedro tinha ido embora em missão e  agora na Paróquia estava o Padre Marquinhos. Marquei uma reunião com ele, os pais desses jovens, os jovens e a catequista. Era o ano em que o tema da campanha da Fraternidade, era Dignidade Humana e Paz, Milênio sem exclusões. Inadmissível uma catequista ao invés de acolher, ter esse tipo de comportamento. Todos estavam indignados. Ela estava na berlinda.



 
Aqui estão os jovens que costumavam se intitular "Favela", por serem excluídos, Padre Marcos Vinicius Cavalhini, meus filhos, eu e os pais da Amanda.
Eles costumavam se encontrar nas escadas da igreja  e lá eles ficavam conversando, rindo, contando casos. Um dia o padre foi lá conhece-los melhor, a meu pedido e ver que eram jovens como qualquer outro. Filho de gente de bem, honestos e trabalhadores. Não havia nenhum marginal ali para serem excluídos.
Mas não  adiantou nada a nossa reclamação, quando saímos de lá da reunião, ela continuou com o mesmo comportamento.
- Não era essa a proposta de Jesus, ainda que eles fossem marginais, o certo seria tentar traze-los para a igreja, acolhe-los e não exclui-los.
- Fizemos alguns churrascos com toda a galera, pais e filhos, quem quisesse ir. Formávamos uma só família, todos eram bem vindos, não importando se eram tidos como: maconheiros, carçudos ou ladrão, para nós, eram pessoas queridas, que mereciam o nosso respeito, a nossa amizade e o nosso carinho.


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