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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Me sentindo na Terra de Marlboro.



- Logo nos primeiros dias em que eu havia me mudado para o sitio, vi o Vando chegar montado num cavalo, jogando laço nos bois, aquilo foi me dando a sensação de estar na terra de Marlboro. Ele adorava rodeio e era ele quem cuidava das coisas do sítio. Pouco tempo depois veio o  irmão dele mais novo, brincando jogou o laço no bezerro, e este caiu e quebrou a pata, tendo que ser amputada. Agora dez meses depois ele ia ser sacrificado, tadinho. Era muito triste, ele ter esperado tanto tempo pra morrer do mesmo jeito.
- Durante a recuperação do Vicente, muita gente rezou por ele. Ele também recebeu muitas visitas dos nossos amigos e parentes, mas uma em especial que foi a de sua professora Dona Cida, (ela chegou a morar na casa dele, quando mocinha, assim que chegou para lecionar em Cosmorama).  Dona Cida trouxe tres exemplares de uma revistinha, que  chamou muito minha atenção, eram elas: Mundo Ideal, Fraternidade e Pomba branca, todas da Seicho-No-Ie.
- Depois da recuperação do Vicente em setembro, ele e a irmã resolveram tentar seguir com os negócios, embora meu cunhado tivesse levado todos os segredos do ramo de atravessador com ele para o túmulo. Três anos antes de morrer, ele já sabia, mas não fez nenhum preparo antes, para sua sucessão nos negócios. Pelo contrario, me lembro da minha cunhada perguntando pra ele, o que ia ser dela e da filha sem ele e a resposta foi: "Vocês não são quadradas, vocês se virão".
- Em  setembro eles começaram a fazer negócios. Visitamos os pomares  de laranjas e as parreiras de uvas que estavam a coisa mais linda. É muito bonito de se ver o cuidado que os produtores tem com elas, eles penteiam os cachos.


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