-Voltei a estudar para sair um pouco de casa. Fiz o curso de auxiliar de enfermagem e também fui me tratar, porque estava me sentindo péssima, inútil e sem gosto pela vida. Lembro-me que durante o meu estagio, os pacientes nos chamavam de: "Anjos de azul".
- Depois de uma primeira consulta no meu antigo patrão Dr Rios, (que era psicanalista) comecei a fazer terapia, eu estava com crise de identidade, me perguntava: De onde eu vim, o que estou fazendo aqui, para onde vou e porque?
- Um dia encontrei a filha de um ex-vizinho no ônibus, aquele que pediu para fazer a novena em casa, (quando eu estava grávida do Mateus). Mandei um bilhetinho por ela, pedindo pra ele nos ajudar. Meu casamento ia mal. Uma esperança seria conseguir fazer, o retiro do Cursilho de Cristandade que ele havia falado.
- Primeiro os homens, depois as mulheres, ...era assim que acontecia naquela época, um só para os homens e depois um só para as mulheres. Assim que fiz o Cursilho de Cristandade, eu me sentia tão bem que não quis mais fazer terapia. As palestras tinham o nome de rolho e eu me identifiquei muito com uma das personagens citadas como exemplo, a Maria bombril. Eu queria ser aquela mulher perfeita, casa e crianças impecáveis, tudo arrumadinho, no lugar e eu sempre bem cuidada. Mas não fazia mais, nem as unhas, minhas mãos eram estragadas de tanto ariar panelas. Na terapia me foi , dito que a panela representava a vagina e que minha mania por lavar, seria, porque havia sofrido abuso sexual na infância, por parte de meu pai. Eu já estava fazendo terapia a nove meses e senti que pouco havia me ajudado. Então resolvi que não queria mais, pois me sentia ótima. Logo também fizemos um encontro de casais do Núcleo São João e isso ajudou no nosso casamento.
- Eu já estava formada no curso de auxiliar de enfermagem, quando meu irmão Eliseu Edson, sofreu um acidente e veio a óbito. Foram três mortes perto uma da outra, meu sogro, meu pai e agora o meu irmão. A cada três meses, tive uma perda.
- Depois de uma primeira consulta no meu antigo patrão Dr Rios, (que era psicanalista) comecei a fazer terapia, eu estava com crise de identidade, me perguntava: De onde eu vim, o que estou fazendo aqui, para onde vou e porque?
- Um dia encontrei a filha de um ex-vizinho no ônibus, aquele que pediu para fazer a novena em casa, (quando eu estava grávida do Mateus). Mandei um bilhetinho por ela, pedindo pra ele nos ajudar. Meu casamento ia mal. Uma esperança seria conseguir fazer, o retiro do Cursilho de Cristandade que ele havia falado.
- Eu já estava formada no curso de auxiliar de enfermagem, quando meu irmão Eliseu Edson, sofreu um acidente e veio a óbito. Foram três mortes perto uma da outra, meu sogro, meu pai e agora o meu irmão. A cada três meses, tive uma perda.
Eliseu Edson de Oliveira, era filho da minha mãe, Dona Alayde com o ex-marido, Zelito.
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| Esta é uma foto dele de criança, que depois fizeram um quadro. |
- Fui a primeira a chegar no hospital e como havia um colega meu do curso de enfermagem, trabalhando lá, ele me permitiu entrar no necrotério. Proferi algumas palavras de despedida e fiz uma oração pra ele. Tínhamos nos visto, muito pouco nesta vida, ele era praticamente um estranho para mim. Ele tinha estado em minha casa anterior, num feriado. Veio com a namorada Fátima (sobrinha do Jânio Quadros), eles ficavam a maior parte do tempo, trancados no quarto e praticamente só saiam à noite. Quando foram embora, achei maconha, em cima do meu armarinho do banheiro. Ele fez a cabeça da mamãe e a levou para morar numa casa para idosos, particular. Disse que viria busca-la para morar com ele em SP. Ela ficou lá três meses, pago por ele e depois foi para casa de uma funcionária de lá, por conta própria, mas não ficou muito tempo, voltou pra nossa casa. O Mateus estava com oito meses e sentiu muito a falta da vó, chegando a ficar doente.
- Um dia nos preparando para ir ao aniversario do filho do primo Toni, ali mesmo, na rua de casa, Vicente teve um ataque epilético, eu estava sozinha com as crianças e fiquei apavorada. sai correndo de roupão com toalha na cabeça e descalça e fui chamar o vizinho, eu ainda não conhecia ninguém, mas o Adilson eu sabia que trabalhava no Hospital Policlim.
Ele foi até lá e quis me ajudar, mas trabalhava na parte administrativa do hospital, pedi que fosse chamar o meu cunhado Donizete, ele foi. levamos o Vicente para passar em consulta com o Doutor Tadeu neurologista. Foi aí que ouvi o médico dizer o seguinte: Assim como o senhor usa óculos, não pode ficar sem tomar os remédios, senão vai dar os ataques. Ele tomava Tegretol e Rivotril 2. Já tinha desmaido um dia na fila, do Banco quando eu estava grávida do Mateus, uma funcionária me ligou e avisou, ainda bem que não sou pessoa de se apavorar facilmente. Toda vez que ele deixava de tomar as medicações, passava mal.
-Estava sendo muito difícil, passar por aquele período de descontentamento com a minha vida, eu tinha aceito trabalhar de modelo de salão de cabeleireiro e participar de um concurso representando o salão, mas nada daquilo estava ajudando. Arranjei uma menina pra ficar com as crianças, mas não deu certo, chamei a Maria Luíza, era a única em quem podia confiar...
- Fiz uma sessão de fotos com o fotografo Sergio Fugiki para o concurso: " Garota objetiva "
Eu ainda tinha todas as medidas de miss, mas não pense que eu tinha autoestima, porque não tinha, estava me sentindo horrível. Eu era considerada um corpo bonito e perfeito, mas queria mesmo é que me vissem por dentro, no meu interior, lá eu era melhor ainda.
- A vó Trindade, ex-sogra de minha mãe também morreu. Sai do salão e fui trabalhar de promotora de vendas dos jees Staroup, a convite de uma amiga chamada Silene. O empregador judiava muito da gente, passávamos fome, íamos para São Paulo, em fabricas que ficavam em lugares distantes, sem nenhum lugar por perto pra comprar comida.
Quase desmaiávamos de fraqueza. Precisei sair porque, fiquei com uma infecção intestinal por comer um presunto estragado que estava na minha geladeira.
- Logo naqueles dias em que me recuperava, o Mateus levou uma picada de algum inseto e teve erisipela, quase que tem que amputar a perna.
- Fizemos uma festa de aniversario para nossos dois filhos juntos, de um ano para o Mateus e de três anos para o Lucas, com o tema da copa do mundo, num salão lá no centro da cidade. Meus tios: Paulo, Natália, Rodolfo e Lina, mais a filha Cassia, vieram do Rio, para a festinha. Neste dia apareceu lá em casa, um senhor que o Vicente conhecia do Cursilho e ajudou no transporte dos meus tios até lá, era o Senhor Gilberto.
- Aceitei trabalhar de secretária do Dr Rios, mas estava com a imunidade tão baixa devido aos últimos acontecimentos, que logo adoeci. De uma chuva que peguei, tive uma gripe, que virou otite, sinusite, bronquite e um ano de dor de ouvido, até descobrir que era problema de ATM. Depois de passar pelo médico buco-máxilo, (de cabeça e pescoço) e fazer tomografia, descobrimos que eu estava com uma inflamação grande nas laterais da cabeça. Depois que cuidamos desta parte, fui encaminhada para o ortodontista. Ele me pediu para fazer a documentação necessária, incluindo a panorâmica. Eu estava com uma mordida cruzada de tal maneira que só podia causar dores de cabeça e de ouvido. O meu tratamento com o especialista ia ficar tão caro, que nem se vendêssemos a nossa casa, daria pra pagar. Acabei optando por um profissional que faria mais barato. Precisei usar aparelho nos dentes três anos. Sofri demais, em cada lugar que ele encostava, fazia ferida. Eu tinha ínguas constantemente.
Neste meio tempo, eu saia do trabalho a noite e fazia aeróbica. Fiz uns tempos de musculação na Academia do Tuta e por fim balé clássico. Mas minha coluna voltou a doer muito e tive que parar.
- Saí do consultório e fui vender lingerie da VISON, estava me dando muito bem, mas recebi uma boa proposta para voltar ao consultório e voltei. Fiz uma grande amizade com a outra secretária chamada Eliane. Éramos como irmãs.
Eliane era a minha primeira grande amiga depois que eu me casei.
- Um dia nos preparando para ir ao aniversario do filho do primo Toni, ali mesmo, na rua de casa, Vicente teve um ataque epilético, eu estava sozinha com as crianças e fiquei apavorada. sai correndo de roupão com toalha na cabeça e descalça e fui chamar o vizinho, eu ainda não conhecia ninguém, mas o Adilson eu sabia que trabalhava no Hospital Policlim.
Ele foi até lá e quis me ajudar, mas trabalhava na parte administrativa do hospital, pedi que fosse chamar o meu cunhado Donizete, ele foi. levamos o Vicente para passar em consulta com o Doutor Tadeu neurologista. Foi aí que ouvi o médico dizer o seguinte: Assim como o senhor usa óculos, não pode ficar sem tomar os remédios, senão vai dar os ataques. Ele tomava Tegretol e Rivotril 2. Já tinha desmaido um dia na fila, do Banco quando eu estava grávida do Mateus, uma funcionária me ligou e avisou, ainda bem que não sou pessoa de se apavorar facilmente. Toda vez que ele deixava de tomar as medicações, passava mal.
-Estava sendo muito difícil, passar por aquele período de descontentamento com a minha vida, eu tinha aceito trabalhar de modelo de salão de cabeleireiro e participar de um concurso representando o salão, mas nada daquilo estava ajudando. Arranjei uma menina pra ficar com as crianças, mas não deu certo, chamei a Maria Luíza, era a única em quem podia confiar...
- Fiz uma sessão de fotos com o fotografo Sergio Fugiki para o concurso: " Garota objetiva "
Eu ainda tinha todas as medidas de miss, mas não pense que eu tinha autoestima, porque não tinha, estava me sentindo horrível. Eu era considerada um corpo bonito e perfeito, mas queria mesmo é que me vissem por dentro, no meu interior, lá eu era melhor ainda.
- A vó Trindade, ex-sogra de minha mãe também morreu. Sai do salão e fui trabalhar de promotora de vendas dos jees Staroup, a convite de uma amiga chamada Silene. O empregador judiava muito da gente, passávamos fome, íamos para São Paulo, em fabricas que ficavam em lugares distantes, sem nenhum lugar por perto pra comprar comida.
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| Cecilia trabalhou comigo e acabou se casando com o Jean - filho da prima do Vicente. |
Quase desmaiávamos de fraqueza. Precisei sair porque, fiquei com uma infecção intestinal por comer um presunto estragado que estava na minha geladeira.
- Logo naqueles dias em que me recuperava, o Mateus levou uma picada de algum inseto e teve erisipela, quase que tem que amputar a perna.
- Fizemos uma festa de aniversario para nossos dois filhos juntos, de um ano para o Mateus e de três anos para o Lucas, com o tema da copa do mundo, num salão lá no centro da cidade. Meus tios: Paulo, Natália, Rodolfo e Lina, mais a filha Cassia, vieram do Rio, para a festinha. Neste dia apareceu lá em casa, um senhor que o Vicente conhecia do Cursilho e ajudou no transporte dos meus tios até lá, era o Senhor Gilberto.
- Aceitei trabalhar de secretária do Dr Rios, mas estava com a imunidade tão baixa devido aos últimos acontecimentos, que logo adoeci. De uma chuva que peguei, tive uma gripe, que virou otite, sinusite, bronquite e um ano de dor de ouvido, até descobrir que era problema de ATM. Depois de passar pelo médico buco-máxilo, (de cabeça e pescoço) e fazer tomografia, descobrimos que eu estava com uma inflamação grande nas laterais da cabeça. Depois que cuidamos desta parte, fui encaminhada para o ortodontista. Ele me pediu para fazer a documentação necessária, incluindo a panorâmica. Eu estava com uma mordida cruzada de tal maneira que só podia causar dores de cabeça e de ouvido. O meu tratamento com o especialista ia ficar tão caro, que nem se vendêssemos a nossa casa, daria pra pagar. Acabei optando por um profissional que faria mais barato. Precisei usar aparelho nos dentes três anos. Sofri demais, em cada lugar que ele encostava, fazia ferida. Eu tinha ínguas constantemente.
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| Doutor Marcio Chaves - ortodontista. |
Neste meio tempo, eu saia do trabalho a noite e fazia aeróbica. Fiz uns tempos de musculação na Academia do Tuta e por fim balé clássico. Mas minha coluna voltou a doer muito e tive que parar.
- Saí do consultório e fui vender lingerie da VISON, estava me dando muito bem, mas recebi uma boa proposta para voltar ao consultório e voltei. Fiz uma grande amizade com a outra secretária chamada Eliane. Éramos como irmãs.
Eliane era a minha primeira grande amiga depois que eu me casei.









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