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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Cursilho de Cristandade da igreja Católica, o primeiro divisor de águas da minha vida adulta.



- Eu via nas reuniões do Cursilho tanto amor entre os membros, que senti vontade de pertencer aquele grupo, que o pessoal chamava de panelinha. As reuniões eram de terça na paróquia São Dimas, com palestras, depois da missa, ministradas pelo Frei Vitório Infantino, que era o dirigente espiritual do Cursilho. Nós estivemos por ali durante seis anos. Participávamos de tudo. Trabalhávamos nos cursilhos voluntariamente e cantávamos nas missas. Vicente tocava violão, eu só cantava. Tentei por duas vezes aprender a tocar violão, mas definitivamente não levo jeito.


Frei Vitório Infantino


- Um dia o Vicente foi convidado para dar uma palestra na APAC - ( Associação de proteção aos condenados) fui com ele, levei as crianças, confesso que senti um pouco de medo de andar por aqueles corredores da cadeia, mas achei um belíssimo trabalho da pastoral carcerária, de evangelizar os presos. Assim que soube do curso de preparação para ser voluntária, fui fazer, foram seis meses.
- Liderei um movimento contra o abuso das cenas de sexo e violência na  TV, colhendo assinaturas num abaixo assinado, cheguei até, a dar entrevista na rádio. Mas me senti tão sozinha que me chateei e não quiz mais fazer parte desse movimento. No Cursilho, a unica ação que eles tinham, eram os retiros. Para mim aquilo era muito pouco, eu queria mais, tinha tido o meu despertar, agora tinha que procurar algo que me preenchesse. Vicente e eu éramos os mais novinhos por ali, com crianças ainda pequenas. Todos os outros já estavam com filhos adultos, não tinham com que se preocupar, quanto a programação e o horário do que passava na TV. Ninguém nunca nós procurou para saber o porque nos afastamos, acho que não fizemos falta.
- Eu tinha visto na parede de uma clinica veterinário, um cartaz, que falava sobre política. Aquilo mexeu comigo, dizia:" Quem não gosta de política, tem que ser governado por quem gosta".
- Reparei que onde fomos morar, era um pedaço esquecido lá do bairro, do Jardim Satélite. Não tinha asfalto e o que seria para ser uma praça em frente a nossa casa, era um lugar, onde as pessoas, vinham jogar lixo, resto de feira, sofá velho e fazer macumba. Comecei um movimento de colher assinaturas para revindicar o asfalto e outras coisas.  O vereador Carlinhos de Almeida esteve na praça com a Dra Ângela Guadagnin, eles  foram lá ouvir o que os moradores queriam.


Vereador Carlinhos de Almeida


Dra Angela Guadaguinin


Fomos na prefeitura falar com o prefeito Robson Marinho. Marquei reunião com os vizinhos e vereadores na minha casa e aos poucos fomos conseguindo tudo, asfalto, iluminação, pavimentação, quadra de esportes.
- Valeu a luta, conquistamos tudo o que queríamos. Hoje quem visitar o local, vê arvores frutíferas frondozas com vias pavimentadas e um parquinho para as crianças na Praça Pireu. As ruas Escorpius, Lira, Volans e as vielas estão asfaltadas e iluminas, tudo graças as nossas lutas.


Prefeito Robson Marinho

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- Nossos filhos primeiro, foram para a escola da prefeitura no Jardim Oriente. Mas um descuido da  professora de sair e deixar a sala sozinha, fez com o Mateus se machucasse. Fiquei com  muita raiva e tirei eles de lá. Fizeram a pré-escola no Sagrado Coração de Jesus, era particular, mas um dinheiro que valia a pena investir, uma excelente escola. Vicente e eu fizemos parte da Associação de pais e mestres. Anos mais tarde essa escola, mudou o nome para Educandário Jesus Eucaristico, ela fica na Av Iguape, 354 no Jardim Satélite. Como ficava na rua da casa da minha sogra, era ela quem ia buscar as crianças. Para pega-los, era preciso apresentar uma carteirinha com foto, isso nos dava a total segurança de que outra pessoa não iria pega-los, além dela, ou da nossa amiga e secretária Ester.


Homenagem do dia das mães - eu não sorria, porque tinha vergonha de com esta idade, estar usando aparelho nos dentes.

- A rotina de quem é responsável por conseguir tirar o marido e filhos da cama é muito desgastante. Eles davam muito trabalho para levantar. Eu odiava aquela rotina de corre-corre.


- Eu tive algumas empregadas, que ficavam com a minha mãe enquanto eu trabalhava fora, as principais foram: Maria Luiza, Jacira e a Ester. Pessoas pacientes e dignas de confiança.  Eu comecei trabalhando só meio período, então, muita coisa eu fazia, elas só precisam ficar com as crianças e ser companhia para minha mãe e passar as roupas. De vez em quando minha sogra ou minha cunhada Maria Antônia iam lá em casa. Minha mãe, não perdia a chance de falar mal de mim.  Para ela, morar conosco era sempre um inferno, era o que ela dizia.
- Eu era cautelosa e sensata, mas as vezes tinha comportamentos extremos e desesperada porque  nunca acontecia nada de diferente. Na  noite da virada de 1992 para 1993, peguei as crianças e fui para a Vila São Bento, queria pegar uma carona e ir passar a virada em Caraguatatuba. Estava cansada de um marido que não planejava nada de novo, sem expediente pra pensar em algo bacana com a família. Mas eles começaram a ficar assustados  e voltamos para casa. Dali por diante, tomei a decisão de que eu mesma iria, fabricar meus bons momentos e não esperar mais nada dele. No momento propicio eu iria surpreende-lo e assim nas  minhas férias do trabalho, eu e as crianças fomos para o Rio de Janeiro.


Campo de São Bento - Niterói - Icaraí.

-Eu estava fazendo 31 anos e tia Natalia pediu a empregada Nete, para me fazer um bolo, e comemoramos.
Com meu primo Paulo Sergio

- Passando uns dias na casa do tio Rodolfo e tia Lina, ficava brincando com a prima Cassia, as crianças e meus irmãozinhos: Junior e os gêmeos: Thiago e Diogo,  na piscina. Um dia, tio Rodolfo e eu  saímos para ir a casa  da tia Edna na Ilha do Governador, para saber dela, as minhas verdades, tudo que ela pudesse me falar sobre ser ou não adotada. No meu íntimo, algo me dizia, de que ela seria a pessoa certa, que eu devia procurar para saber. Porque minha primeira lembrança como gente , era dela esfregando o meu pulso com vinagre, para que acordasse de um desmaio. Que na verdade foi uma síncope (com perda de memoria, anterior a tudo que aconteceu antes daquele momento).
- Fiquei sabendo sim, que eu era adotiva, não era filha de nenhum dos dois, a história era a seguinte: Meus pais tinham três meninos: Adilson, Ailton e Hamilton, eu e a Neide. Ele era camelô, vendia doces e também trabalhava de vigia numa fabrica. Minha mãe tinha só 22 anos e ele 33 anos. Na noite de Natal de 1963, durante uma festa na vila em que morávamos, ouve uma briga. Meu pai foi tentar separar e levou umas facadas e morreu. Minha mãe estava grávida e com o susto perdeu a criança, ficou desesperada, sem condições de cuidar das crianças, assim cada um foi ficar com suas madrinhas, até que tudo se resolvesse. Eu fiquei com a vizinha, parente da tia Edna, vim parar na casa dela. Ela disse que antes eu havia ficado em outras duas casas, e que ela queria ficar comigo, mas não tinha condições.

-Uma Observação importante: Em 27 de agosto, a Lei n°4.212/ 1962 permitiu que as mulheres casadas em caso de separação ficasse com os filhos e no nosso caso, minha mãe quando ficou viúva ficou conosco, mas naquela época, as mulheres não trabalham fora, com tanta facilidade e dependendo do lugar, nem empregos tinha.

 Ai que entra o meu pai, o senhor Irineu (cunhado dela)  na história, ele apareceu por lá e me levou para São Jose dos Campos, certamente por influencia de alguém ter dito que minha mãe não teria condições de cuidar de todos nós..

- Ao saber de tudo isso, levei um choque, eu achava que podia ser filha dele, mas não era.
- A tia, ainda tinha contato com uma meia irmã, mais nova e  me levou até ela, Nelma. Ela tinha sido criada pelo pai e a tia, irmã dele. Nelma tinha um companheiro e dois filhos: Tamaris e Tiago.
- Achei nosso timbre de voz igualzinho, o que é a genética!
- Por algum tempo, mantivemos contato através de cartas que eu escrevia para ela e por telefonemas. Mas com o tempo...isso se perdeu.


- Enquanto voltava para casa cheia dessas novidades terríveis, ouvia no rádio do carro, a música de Leandro e Leonardo que fazia sucesso chamada: Entre tapas e beijos.

https://www.youtube.com/watch?v=SSiQELIqovM







Ai como era difícil lidar com tudo isso. Fiz uns tempos de terapia com a Regina, uma psicóloga que atendia numa das salas do Dr Rios.
- Nós finais de ano a gente sempre sobrava.  Donizete e sua família costumavam ir para os parentes da Vânia em Cosmorama, minha sogra também ia pra lá com as netas, ficar na Antonieta, Maria Antônia e Beto, passavam com os parentes dele no irmão Bento e nós ficávamos sempre sozinhos. Até que por duas vezes fomos acampar com uma galera bem legal. Carlinhos e Dalvinha que trabalhavam com o Vicente , mais uma porção de amigos deles, no total umas 40 pessoas.



- Depois que saí do consultório do Dr Rios, eu trabalhei em outros consultórios ali mesmo no Edifico Vip Center, no consultório do Dr Celso Batello iridologista.

e no consultorio do Dr Jony,(dentista também no CTA) . Este prédio era o mais bonito da cidade, tinha elevador panorâmico. Um dia nesse elevador eu subi em companhia do comediante Costinha, que tinha negócios por lá.




Trabalhei também na loja de departamentos Mesbla, que ficava no Shopping Center Vale e depois no consultorios dos gastroenterologistas:Dr José Yuji Saito e Anibal Domingos Filho, na Rua Esperança 282 no Med Center.


- Minha mãe tinha ido morar no pensionato Maria Imaculada, um lugar muito bonito, caro, onde as internas tinham total liberdade para sair e voltar. Ela ficou lá uns três anos. Descobri através da Inês, uma conhecida lá da Paroquia Espirito Santo, que lá havia já alguns anos, um grupo de oração famoso que se reunia sob a direção da Irmã Elisa. Frequentamos este grupo e minha mãe ia com a gente. Eu  abri meu coração com a irmã sobre minha angustia de ser ou não adotada. Ela sitou a passagem Bíblica de Isaias 49:15: - Pode uma mãe esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca.
- A partir daquele momento me apeguei aquelas palavras. Através da Irmã Elisa, consegui ser atendida pela Psicologa Irmã Rosinha. Ela me fez sentir ouvida e levada a sério. Ela tinha uns 60 anos.




Fiz tratamento com ela nove meses gratuitamente. Quando ela não sabia mais como me ajudar, me mandou para outro psicólogo chamado Nogueira.
- Ele utilizada um método novo chamado de ADI - Abordagem Direta do Inconsciente. Só que antes de iniciarmos este tratamento, passei por três serie de doze sessões de neurotrons. Não gostei da maneira como o psicologo estava conduzindo as sessões e depois de dois anos voltei na Irmã, ela então conseguiu que eu fosse atendida pelo Psicologo Professor Hugo Veronesi. Eu já tinha tido  palestras com ele na APAC, enquanto me preparava para ser  voluntária na cadeia. Eu já tinha sido voluntária no CVV - Centro de valorização da vida. Tinha sido muito bom, poder ajudar pessoas que se sentem sós e desesperadas, desesperançadas. Lá fiz uma amizade com uma moça  chamada Elisa.
No plano color, estavam empregando só moças até  23 anos, eu mandava curriculum, mas ninguém me chamava. Fiquei de voluntária lá na APAC, seis anos. Enquanto isso abrimos uma sorveteria no Parque Santos Dumont que também durou seis anos. Por lá passaram  uns  4 jovens como nossos funcionários, até que a Maria ficou.   Nesse meio tempo Vicente passou por desemprego, mandava curriculum, mas só.  Passava as manhãs dormindo até meio dia, foi assim por oito meses, enquanto isso meus vizinhos aceitaram ser motorista de circular, era o que tinha para se fazer naquele momento, mas ele não quis. Depois  ele trabalhou em algumas transportadoras: na Senate, como free lancer, na Princetur, na LTA , na CLAM Carga Aérea e na Tam Air Cargo.
- Por causa do Lucas ter de frequentar as missas de domingo, que eram exigência do Padre Luiz, para quem fazia preparação para a primeira comunhão, nos também íamos para dar o exemplo. Assim ficamos sabendo da vinda de um novo Padre chamado Rinaldo Rezende para a nossa Paróquia. Ele tinha celebrado a missa de formatura de pré-escola do Mateus, mas depois sofreu um acidente de carro grave. Logo no começo quando ele chegou, se convidou para ir almoçar nas casas, nós fomos umas das primeiras famílias a recebe-lo. Ele era carismático e logo nos interessamos por frequentar os dois
 grupos de oração da renovação carismática, que havia  nosso bairro: Unidos em Cristo e Deus de Israel.
Foi lá que tivemos todo o suporte e amparo para passar pelo período de desemprego.


Candida


- A partir daí, voltei a me preparar para o Crisma. Me crismei aos 33 anos,  Candida dona da casa onde o grupo de oração, Unidos em Cristo se reunia, foi a minha madrinha. Sentindo o chamado para servir, participei também de vários seminários: seminário de dons, seminário de vida, seminário para casais oficina de oração e evangelização 2000.


A oficina de oração fiz umas tres vezes e todas foram com a Dra Terezinha Veneziani e seu Marido Dr Francisco.


Participamos também de vários encontros de casais: do Frem, do ECC e de outros. A pedido do Padre Rinaldo fizemos o primeiro ECC da Paroquia e trabalhamos em vários encontros depois. Todos aqueles encontros estavam ajudando a segurar o meu casamento.


Lucas e meus irmãos gêmeos: Thiago e Diogo e Irineu (juninho).


- O INSS me enviou uma carta dizendo que haviam feito os pagamentos de minha mãe no valor errado, para mais e iam descontar nos próximos três anos, então ela voltou a morar conosco. Quando ela se aposentou passou a receber quatro salários, sendo que o certo, eles disseram que deveria ser um só. Tentei recorrer, mas não adiantou. Quando meu pai morreu tive que passar a a aposentadoria dele para a Ana, que tinha sido sua ultima companheira nos últimos seis anos e tinha filhos menores.
- Nós não sentimos tanto naquela época perder esses valores, porque eu tinha meu salario de secretária que supria estas perdas.


-Minhas vizinhas Ail e Neiva estavam sendo mães hospedeiras de crianças, que o juiz tirava da família por maus tratos. Eu também recebi em casa, uma menininha chamada Pâmela de dois aninhos. Eu queria ficar com ela, mas todo o resto do pessoal de casa, foi contra e eu tive que devolve-la.
- Todos nós entramos para o grupo escoteiro. Dentre as famílias inteiras que entraram, ficamos mais amigos do casal: Solange e Osvaldo e dos filhos: Julio e Diogo.




  Nesta mesma época, nossos filhos entraram para o judô. Logo tivemos que parar as atividades no grupo escoteiro por causa das competições do judô, elas coincidiam com o horário das reuniões do grupo. Antes disso nós tínhamos ficamos sócios do SESI e passávamos os fins de semana na piscina.



Até que, com quatro anos, o Mateus caiu e cortou entre os olhos na borda da piscina, foi um acidente grave, ele inchou muito e o corte depois de costurado se encheu de pus, correndo o risco de pegar meningite, foi um sufoco.




- Percebi que em minhas fotos, eu estava saindo de bigodinho,(uma mancha escura). Fui me consultar com uma dermatologista, a Doutora Denise Puppo.




Ela me prescreveu ácidos, glicólicos e retinoicos durante o tratamento de clareamento da pele e me disse: Você já tomou todo o sol da sua vida, de agora em diante fuja dele. Eu também tinha muita coceira depois do banho, então passei a tomar banho só com sabonete de bebê.
- Aproveitando uma carona com minha amiga Claudia fui para o Rio de Janeiro no feriado, fiquei uns dias com  minha irmã Amália. Ela já havia se casado tres vezes e estava namorando, sai com ela e o namorado, ela estava com 42 anos agora. Fomos a um bar chic e lá, bem ao meu lado, estava o Miele com a esposa. Envergonhada, não puxei assunto.


                                                                            Miele                 

- Assim que pude voltei ao Rio de Janeiro.  Fui ficar na casa de minha tia Edivina, ela morava em Bel ford Roxo.


Mas foi comigo na casa da Lucia, em São João de Miriti, lá encontrei com a minha irmã Nelma e seus dois filhos: Tamiris e Thiago, (que eu já conhecia ) e agora, também tinha o Guilherme. A tia dela Lucia, tinha ficado de me ajudar a procurar minha mãe da outra vez em que estive lá.  Mas agora dizia, que eu demorei muito para voltar, (seis anos haviam se passado) e era tarde. Escrevi uma carta para o programa do Ratinho e tia Edivina ficou de levar até o programa pra mim.
- Já em casa, eu tentei saber de minha mãe a verdade sobre eu ser adotada, mas ela, não admitiu. "Vou morrer dizendo que é minha filha", devia ser seu lema.
- Antes do Vicente começar em um novo trabalho fomos passar nove dias no Rio de janeiro na casa de minha tia Nátalia, passamos o Natal e a virada do ano com ela.





- Em outra oportunidade fomos para Campos do Jordão




- Quando minha mãe quebrou o fêmur, teve que ficar nove dias internada, aguardando vaga num hospital da região. Se fossemos opera-la particular, teríamos que vender a casa. Guaratinguetá seria o lugar mais próximo para manda-la, mas nos fizemos uma corrente de oração com nossos amigos. Sentávamos com as crianças na mesa da cozinha e rezávamos o terço. Fizemos contato com pessoas, que nos ajudaram a conseguir, que ela se operasse na Santa Casa de nossa cidade. Quando ela teve alta e foi pra casa, eu parei tudo, para cuidar dela, me dediquei inteiramente à sua recuperação. Contratei a Jaqueline para cuidar da casa e eu cuidava dela. Fiz minha cama no chão ao lado dela e por dois meses, fiquei ali, até que ela pudesse voltar a andar de muletas.  Não sei o que seria de mim sem o apoio que recebi da minha amiga Claudia e de minha comadre Cidinha, que estavam sempre procurando saber dela, me ouviam e me davam força. Eu queria retribuir para minha mãe, um pouco de tudo que ela havia feito por mim, por nós. Depois da cirurgia, ela ficou melhor do que antes, O médico se espantou, ela tinha dado trabalho no hospital, antes da cirurgia, queria fugir. Assim que ficou boa, no dia em que o Padre Rinaldo esteve lá em casa, ela pediu que arranjasse uma vaga pra ela, no Asilo Santo Antônio, ele arranjou. Lá ela finalmente sossegou e acabou ficando,  por nove anos.
- Foi construído um prédio novo na esquina da nossa rua, onde passou a funcionar um  consultório dentário do Dr Paulo César Pagaciov




e de sua esposa Tereza Cristina Pagaciov, assim que começaram a atender, fomos uma das primeiras famílias a serem atendidas por eles e nós tornamos seus pacientes. Eles eram muito educados e nossos meninos iam sozinhos para o atendimento com a Dra Tereza. Na  parte de baixo do prédio, eles alugaram para um cabeleireiro chamado Paul, que tinha vindo da Holanda, ele era lindo, educado, cortava muito bem e  se  parecia muito com o ator Patrick Swayze. Todos nós só cortávamos o cabelo com ele. Logo nos tornamos amigos e conheci até sua filha Maruja, que veio passar férias com ele. Lá no  salão dele, conheci também a Claudia, que  se tornou  nossa amiga. Só  em 1993 quando ela foi cursar a faculdade de Direito, nossa amizade foi perdendo a força e acabou.



                                 O ator Patrick Swayze me lembrava muito o Paul cabelereiro. 

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