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domingo, 20 de setembro de 2015

Por muitos anos carreguei essa culpa. Me sentia péssima! Achei que nunca mais ia sorrir.



Lá no clube eu conheci rapazes mais velhos e muito interessantes, namorei um deles, ele era 10 anos mais velho do que eu, minha mãe se preocupava com a diferença de idade, mas isto é bobagem, não se deve valorizar muito uma coisa dessas, afinal ele também passou, assim como vários outros namorados que eu tive nesse período. Foram muitos mesmo, não vou mencionar ninguém aqui, mas ganhei fama de namoradeira,  ninguém pode reclamar que não teve sua chance comigo,rs.  Com esta idade eu tinha bastante liberdade para ir a bailes, festas, cinema, clube, viajava com as amigas para a praia, vivia a vida que pedi a Deus. Amava o meu trabalho, tinha muitos amigos e curtia a valer, até que um acontecimento iria marcar minha vida para sempre. Eu fiquei grávida de um namorado, ele tinha 26 anos, morava sozinho em São Paulo e vinha sempre me ver, até eu lhe enviar a cópia do resultado do exame de HCG.
- Saí da escola em que trabalhava, por este motivo e fui trabalhar numa clínica, para evitar constrangimento com os pais das crianças. Menti para minha mãe sobre quem era o pai, falei que tinha sido assaltada e ... Mas ela não acreditou, sabia de quem era. Ela não aceitou minha gravidez e me fez abortar. Chamou uma agenciadora de abortos lá do nosso bairro e me levaram para uma clínica em São Paulo onde foi realizada o aborto. Eu demorei contar pra ela e então, já estava de dois meses e meio quando isso aconteceu. O pai da criança, eu tinha dispensado, por ter me oferecido dinheiro para tirar. Não é isso que se espera ouvir quando isto acontece. Quando tive condições voltei a trabalhar. Trabalhei uns dias com os seios vazando leite, precisei tomar uma medicação para secar. Eu tinha engordado uns 3 quilos e saíram estrias nos meus seios. Até que tudo tivesse terminado desse jeito, perdi a chance de namorar com um rapaz chamado Jorge, que estava indo fazer faculdade de medicina em Vassouras, ele era lindo e educado, mas não ia me querer assim, com certeza. Falei que estava namorando outra pessoa e lá se foi o sonho de minha mãe, de me ver casada com um médico. Eu tinha tentado namorar um médico do CTA, ele era pediatra, mas não deu liga.

Jorge Cesar Castro

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