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domingo, 20 de setembro de 2015

Aos 19 anos em Cosmorama pela primeira vez.



- Com poucos meses de namoro, ficamos noivos, ganhei um anel de brilhante dele. Fez questão que eu conhecesse a família dele toda, inclusive a irmã que morava na sua terra natal em Cosmorama, interior de SP. Fomos então para lá, ele falava tanto desse lugar...Mas achei aquele lugar um tédio, nada para fazer, só mesmo namorar no banco da Avenida Ipiranga, ali no Bairro da estação, onde ela morava. O calor era tanto que ao sair do banho, meu cabelo já  estava seco. Senti que não fui bem aceita, nem por ela, nem pela minha sogra, que me recebeu friamente. Fazia pouco tempo que a minha vida tinha virado de cabeça para baixo e eu ainda não tinha absorvido bem, tudo aquilo, havia perdido meu emprego dos sonhos, estava passando fome, com gastrite nervosa, sentia muita dor de cabeça, muitas dores na coluna, por ter adquirido alguns bicos de papagaio ao ter que carregar a minha mãe, (que demorou a firmar as pernas) e cheia de problemas para resolver. Por muitas vezes o Vicente empunha as mãos sob minha cabeça e orava, pedindo a Deus por minhas dores de cabeça, que  eram fortíssimas. Só por aí, já  dava pra se ver a nobreza de caráter da pessoa. Ele chegou a me levar no consultório de seu médico e amigo, o neurologista  Doutor Fernando Scalhi, que me prescreveu um relaxante chamado Frision. Teve um dia que desesperada eu havia feito um coquetel de barbitúricos e mandei para dentro, deixando o Vicente apavorado. Ele tinha lembrança de um amigo de juventude, o Muca (Edemur), que tinha feito isso e já tinha até comentado comigo. Sei que foi uma atitude egoísta de minha parte, por que minha mãe precisava de mim, para cuidar dela, mas eu não estava aguentando tanta coisa. Fiquei alguns dias na minha cunhada Maria Antônia, a pedido do Vicente, ela cuidou de mim, com muito carinho, depois que melhorei fomos à São Paulo na casa de uns amigos dele: João Salgado e Dora, o João havia trabalho no Banco Nacional com o Vicente. Uma vizinha deles, estava na casa,  quando chegamos. Ela era espirita, olhou para mim e viu alguma coisa, que nunca soubemos o que era, mas disse: Ela vai dar trabalho. Eu ainda estava sobe os efeitos dos remédios, me senti mal e fui levada para o quarto pra me deitar. Tive um sonho esquisito, com um lugar, tipo cemitério, névoa e frio. Muito tempo depois soube que: Eu havia visitado o umbral. Nós costumávamos ir as missas de Domingo de manhã no meu bairro, na Paróquia Sagrada família na Vila Ema. Durante as missas eu só sabia chorar. Perguntava pra Deus o porque de estar passando por tudo aquilo.



Hoje em dia relicário Padre Rodolfo Komorec.



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