Minha grande amiga Ana Lúcia, que vinha passar o fim de semana na casa da vó, que era nossa vizinha, me ajudava nesses encontros. Em casa também tinha telefone, o único da rua, por isso ficava um tempo enorme conversando com ele, quando estava sozinha em casa.
- Quando fui passar as ultimas férias no Rio, troquei confidencias com Sandra, a irmã caçula de minha tia Plásida, casada com meu tio Cesar. Não comemoramos o meu aniversário naquele ano, porque o irmão da minha tia morreu de overdose de droga. Meu outro irmão chamado Eliseu Edson, que vinha muito pouco em casa, também era usuário, uma preocupação a mais para minha mãe. Nessa ocasião eu sofri um grave acidente, fui jogada do carro que capotou numa curva e bati com o meu rosto todo do lado esquerdo no asfalto. Meu primo estava dirigindo e eu não quis trazer nenhum problema pra ele, então menti pra minha mãe, quando cheguei em casa, que tinham me atropelado e fugido. Meu rosto arranhou todinho, os dentes ficaram todos soltos, o dentão da frente trincou e o braço e a perna do mesmo lado também ficou toda arranhada. Eu fiquei horrível.No bairro vizinho havia um dentista, fui consulta-lo, ele olhou-me e disse, que não podia fazer nada e se os dentes não voltassem a firmar, iriam cair. Não caíram, mas passei a ter estralos no maxilar ao abrir e fechar a boca, fiquei com um problema de ATM. Meu dentista recém formado, perguntou se doía, mas nessa ocasião ainda não, só estralava mesmo.
E nos dias de jogos de futebol na TV, como minha mãe adorava assistir aos jogos do Pelé, eu aproveitava para dar uma fugidinha e ir me encontrar com ele.
Aqui com a Monareta que ganhei do meu pai.




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