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terça-feira, 13 de outubro de 2015

Aos 13 anos Mateus embalava mangas para ter o seu primeiro salário.



- Assim que começou a colheita da manga, minha rotina era  acordar 5 da manhã para fazer marmita, para o Vicente levar, era ele quem levava a peonada pra roça. Neste horário o Vando vinha trazer o leite, pois  já tinha ordenhado as vaquinhas do sítio, ele chegava sempre cantando, estava sempre feliz. (Ele e o Antônio João eram dois rapazes do tipo  "faz tudo" do meu cunhado Nivaldo). Logo  depois o padeiro Cido trazia os pães, ele vinha de bicicleta trazendo os pães numa cesta, não importava o tempo que estivesse fazendo, sol ou chuva, ele não falhava. Dá janela da cozinha dava pra sentir o cheiro do chiqueiro, um horror, mas com o tempo, acabaram com os porcos e graças à Deus, o mau cheiro acabou. Quanto as moscas  varejeiras enormes que haviam por lá, conseguimos nos livrar delas, porque o Vicente fez uma porta de telinha e colocou também nas janelas. De vez em quando eu encontrava uma perereca dentro de casa e um dia tropecei num sapo, eu quase morri do coração, morro de medo.
Infelizmente quando chegávamos no sítio haviam sempre pelo menos uns cinco sapos logo na entrada, os nossos filhos desciam do carro e iam tira-los de lá. Era sempre tenso pra mim, aquela situação. Na primeira ida do Lucas para a colheita de manga, ele foi pego de surpresa por meu cunhado que passou e chamou logo cedinho. Ele não sabia que iria, então saiu sem se proteger do sol, estava de bermuda e tênis, duas coisas que não combinam com roça, não levou marmita e passou fome, além de ser picado por marimbondos, conclusão, nunca mais ele voltou. Mateus passava as tardes  ajudando a embalar as mangas e colocava nas caixas. Assim ele ganhou o seu primeiro dinheiro, e comprou um tênis. Eles se reuniam num barracão abandonado, que tinha  na antiga estação do trem. Os piões viam tantas mangas, o dia todo, que eu não sei como não tinham pesadelo com isso.
- Lembro me de visitar aquele lugar quando fui pela primeira vez com o Vicente, ainda como sua namorada  e ele olhando para a linha do trem, dizer que gostaria de fazer um pôster de uma foto de nosso  futuro filho ali naquele lugar. Que nunca foi feito


- Algumas vezes os meninos foram nadar na represa do Sergio e levaram a Meg.




- O nosso  natal, foi em casa sozinhos e sem nenhum tostão no bolso, não tínhamos recebido ainda o dinheiro da venda de nossa casa e o Vicente não tinha tido pagamento algum por seus trabalhos. Nenhum de nos ganhou presente. Comemos uma pizza dessas de mercado que havíamos ganhado da Antonieta e fomos deitar.
- Quando tivemos em São Jose dos Campos, para resolver algumas questões, assim como também assinar os papeis na Caixa Econômica Federal da venda da nossa casa, pouco antes de ir embora, uma mulher se distraiu e bateu com o carro dela atrás do nosso. Tivemos que deixar o carro consertando e voltar de ônibus. Três meses depois fomos buscar, ele ficou lindo, porque aproveitamos para fazer a funilaria. O que valia mais nele era o som , era bem potente.
- Depois de assinar os documentos de venda da nossa casa na Caixa Econômica Federal, passamos a virada do ano na casa do primo Toni, com a família da preta mulher dele.


Preta de longo, com suas irmãs e seus pais.


- Assim que voltamos para o sítio, começaram as ofertas de pessoas querendo comprar nosso fusca. Ofereceram um bom dinheiro nele. Mas não estava a venda.


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Muito contra gosto, fui morar num sítio no Bairro da Estação em Cosmorama no interior de SP.



-Aquela recepção foi para nos curar, de umas outras nem tão agradáveis, ali mesmo naquela casa, não vou detalhar aqui, mas tínhamos mágoas daquele lugar.
- Essa foto já foi no sítio, na Rua Santo Antônio n° 58 no Bairro da Estação onde fomos morar e ali




ficaríamos até comprar a nossa casa, uns vizinhos, a pedido de minha cunhada Antonieta,  alguns vizinhos, vieram ajudar a esvaziar o caminhão de mudança.  A casa  era bem simples, mas tinha dois quartos.
- Dia 1° de novembro de 1998 recebi  a visita da Bandeira do Divino. Eu nunca tinha passado por esta experiência antes, foi emocionante. Passei a bandeira pela casa toda, pedindo proteção, fiz  minhas orações, fiz meu pedido, fiz minha doação e a pessoa que trouxe a bandeira, foi embora.
- Uma das primeiras coisas que me convidaram pra fazer, foi  para ir rezar o terço nas casas. Era uma verdadeira aventura, atravessar os pastos à noite, no escuro, com medo de cobra, boi bravo e outras coisas, para poder chegar ao destino.
- Dona Sofia (minha vizinha no sítio e sogra da minha cunhada Antonieta) fazia queijos e então agora, sempre tínhamos queijo fresquinho em casa. Também no sitio tinham pés de acerola, que eu nunca tinha visto antes, pés de laranja, mexerica, limão, goiaba e jambo, que eu também não conhecia. Eu sempre ganhava alguma coisa de algum vizinho, abobrinha, mandioca, alface, etc.
- Durante a primeira missa, que nos fomos, na praça da matriz, no dia 15 de novembro, Padre Pedro da Silva, nos acolheu junto com toda a comunidade.
- Logo nos primeiros dias recebemos a visita da Adalnei Flores e seu esposo Osvaldo,


que vieram nos convidar para trabalhar num encontro do ECC. Topamos e dai por diante trabalhamos em vários. Não demorou muito , também, estávamos cantando  nas missas à convite da Jussara Maria Correa Gomes Mendonça, ( professora de música) que coordenava o coral.
- Nós e os nossos meninos compramos roupas de acordo com o costume da região, tentando nos enculturar, camisa xadrez, calça jees e botina. Mas não adiantou, só mesmo o Vicente, que já era desse lugar e tinha voltado as origens é que acabou usando as roupas. Quanto a mulherada da cidade, elas seguiam fielmente a moda das novelas da Rede Globo. Tudo que era lançado nas novelas, virava febre nas ruas de Cosmorama.
- Logo nossos filhos eram rotulados por pessoas da cidade como sendo "carçudo", porque gostavam de andar com as calças baixas. Maconheiros, porque tinham amizades com alguns  meninos considerados maconheiros, entre eles: Pedrinho  e  Elianderson.
- Haviam uns quinze meninos ameaçando pegar meus filhos de pau. Eles estavam incomodados com o sucesso deles com as meninas, afinal eles eram a "carne nova do pedaço". Umas das primeiras amizades que fizeram foi com o André e Bruno, filhos do casal Idevair e Linda que eram nossos vizinhos de sítio e que vieram um dia em casa para evangelizar. Eles também tinham vindo a pouco tempo de São Paulo.
 - Em frente a nossa casa, só haviam três casas, que eram  das famílias da: Roseli e João Cambau que tinham dois filhos: Gilson e Jubiana. Dona Maria e senhor Básilio e  Lúcia, esposo e duas filhas. A Lúcia se tornou minha manicure e através dela, foi que entrei para a Pastoral da Criança. Ela fazia a pesagem da criançada e a entrega da multimistura para o combate da desnutrição e anemia. Com a Lúcia eu participava de reuniões da Pastoral e cada vez mais me apaixonava pela pessoa da Dra Zilda Arns.

Receita da Multimistura

50 gr de casca de ovo fervida, torrada e triturada (opcional)
50 gr de semente de abóbora torrada ou semente de gergelim triturada
600 gr de farelo de arroz triturado e cozido (sem colocar água)
200 gr de farinha de milho ou fubá
100 gr de pó de folha de mandioca (aipim) torrada no forno baixo, triturada e peneirada (contém ferro e vit C)
Misturar tudo.
Pode ser guardada na geladeira por 4 meses.
Não deve ser cozida.

Criança pequena: comer 2 colheres de chá por dia misturada na comida ou sucos.
Adultos: 2 colheres de sopa

Atenção: A folha de mandioca brava é tóxica, NÃO USE.
Deve ser usada a folha de MANDIOCA DOCE (Macaxeira ou aipim), que é a mandioca comestível, e deve ser torrada no forno do fogão, em potência baixa.




Lucia minha manicure e amiga da Pastoral da criança.

- Assim que chegamos na cidade,  as primeiras reuniões de que participamos foi da Pastoral Social e , no mês abril, chegamos a ir para Rio Preto fazer cursos com o padre Jonas e


 

o bispo Don Orani, depois nos convidaram para fazer parte dos Vicentinos, chegamos a ir a algumas reuniões, mas não quisemos participar, porque achamos que eles são muito criteriosos para poder ajudar.
- O sítio ficava a 3 km da cidade, nossos filhos tinham ônibus da prefeitura gratuito para ir pra escola e qualquer pessoa podia pegar carona no ônibus escolar. O motorista Senhor Camarini era muito simpático. Eu ia muitas vezes a pé com a Meg, mas na volta pegava o ônibus.
- A escola estadual Álvaro Duarte de Almeida era a mesma escola em que o Vicente havia estudado e lá,




fomos muito bem recebidos pelo Ricardo e por Dona Iná a diretora, eles nos mostraram todas as melhorias realizadas nesses 22 anos, em que o Vicente esteve fora.   Por uma feliz conhecidência compramos uma casa na rua lateral da escola, numa das  ruas principais da cidade, Rua Rafael Sabadoto. Enquanto o dinheiro da venda da nossa casa, não saia, assinamos uma carta compromisso no valor de 13.700 para Cirilo Pinto Neto, para a compra da casa nova.
- Resolvemos que íamos pintar e fazer algumas melhorias antes de nos mudarmos. Era uma casa ampla, arejada, ensolarada e da vista de uma das janelas, atravessando a antiga estrada boiadeira, (que agora estava virando rua), dava para um sítio onde se via, uma lagoa, com uma arvore frondosa a margem, onde sempre debaixo de sua sombra, ficava uma égua marrom manchada de branco, juntamente com sua filhinha igualzinha, parecíamos estar olhando para um quadro.

Essa é uma foto de internet, mas a mãe e a filha se pareciam bem, com essas aí. 





- Mesmo tendo tido câncer de pele recentemente, Vicente foi concertar toda a extensão da cerca do sítio naquele solão de rachar. Era o que se tinha pra fazer de mais urgente, antes de começar a colheita da manga. Para alguém que estava acostumado a trabalhar em escritório no computador, com ar condicionado e tinha a mão fina, foi um contraste de realidades.
- Quando recebemos a visita da tia do Vicente, Dona Olga e  das primas dele: Cilinha e Cidinha, a Cilinha


disse, que a cachorrinha e os meus pés iriam encardir com o tempo, naquela terra vermelha do sítio. Pois eu digo pra vocês que, morei dois anos ali e três anos no total naquela cidade e nem eu , nem a Meg, ninguém encardiu. Porque eu não descuidei nem da Meg e muito menos dos meus pés. Embora em São Jose dos Campos, eu ficasse calçada de tênis para que os pés ficassem finos e macios e ali em Cosmorama por causa do calor, eu não conseguia  mais, não deixei de frequentar a manicure. Quanto a Meg, dava banho nela todo sábado e as vezes até um durante a semana, para refrescar.


segunda-feira, 5 de outubro de 2015



- Bom dia caros leitores!
- Venho aqui nesse momento,  pedir lhes,  que se  houver interesse  em poder me ajudar, para que eu possa continuar contando a minha história, que comentem e compartilhem os meus escritos, como forma de incentivo e se caso queiram me presentear e  contribuir  com qualquer valor. Depositem na minha conta da agencia da Caixa Econômica Federal - agencia 0351  conta n° 023 00013098 - 0 ou no meu PIX: 026068398-11
Enviando confirmação no meu e-mail: alicerangel2000@yahoo.com.br
 Eu Alice Alves Rangel Lopes, ficarei imensamente grata pelo incentivo e carinho de vocês, Paz e Bem,   Fiquem todos com Deus! Muito Obrigado. Beijos!!!

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Em 1998 fomos morar na tão falada Cosmorama.




- Vicente descobriu um câncer de pele no nariz, a notícia caiu feito uma bomba na cabeça dele, que ficou apavorado.  O médico marcou um dia, queimou com nitrogênio e ele logo se curou.
Inconscientemente acho que foi auto-punição pelo episodio com o nosso filho Mateus.
- Eu estava sob tratamento com o buco-máxilo, Doutor José Roberto Sá Lima professor da faculdade de odontologia. Esse problema no meu maxilar era sequela do meu acidente de carro, junto com meu primo Eduardo aos 12 anos. Depois de um ano com dor de ouvido, aos 25 anos, o médico Doutor Paulo Rocco reparou que minha boca estava torta e me encaminhou para o especialista de cabeça e pescoço, onde fiz um exame, que detectou que eu estava com tudo inflamado. depois fui para o ortodontista mais caro da cidade Doutor José Rubens C. Pinto. O tratamento com ele iria ficar tão caro, que mesmo que vendêssemos a nossa casa, ainda não daria pra pagar. Então o Doutor José Roberto me fez uma placa para enganar a mordida e aliviar as dores.


Dr José Roberto Sá Lima


Ele havia escrito praticamente uma bíblia sobre ATM, eu andava tendo muitas dores nas articulações da mandíbula e até labirintite eu tive por causa disso.
- Nos dias de Carnaval Lucas estava de folga do seu trabalho na vidraçaria e aproveitou que tinha achado um globo terrestre, abriu, colocou um cano de pvc dentro, passou um cabo de aço, ligou num motorzinho do seu carrinho de controle, para que girasse  e fez um globo espelhado, teve a paciência de colar pedacinhos por pedacinhos de espelhos. Ficou perfeito, igualzinho aqueles comprados para discoteca. Depois começou a fazer um painel de comando para um jogo de luzes. Enquanto isso Mateus reclamava de tédio, por não ter o que fazer. Em março ele se matriculou na capoeira e logo em seguida começou perseverança, queria ser crismado.
- Fiz um  curso na Europa - purificadores de água e tentei  vender. Também voltei a estudar.
- Eu ainda estava trabalhando na locadora 100% vídeo. Havia sido contratada para chefiar três rapazes. Era um trabalho gostoso, levava tarefa pra casa, tinha que assistir os lançamentos dos filmes pra poder comentar com meus clientes, que no meu caso eram os donos de locadora, que iam comprar comigo.  Assistia tudo em primeira mão, tinham acabado de lançar o filme: Titanic. Infelizmente não fiquei muito tempo lá. A política da empresa era de fazer rodizio de funcionários, não se criavam muitos vínculos.







                                                             - Apaixonada por esta joia.


- Em Março ficamos sabendo que meu cunhado Nivaldo estava bem mau com câncer, Vicente foi visita-lo em Cosmorama, aproveitando carona do Donizete e Vânia que estavam indo para lá.
- Na nossa Paróquia começou a ter reuniões para casais de segunda união. Uma abertura da igreja para tentar recuperar fiéis. As igrejas evangélicas eram bem mais acolhedoras.
- Tentei trabalhar numa clínica veterinária, mas não gostei, pois o Dr Airton me deixou sozinha com o dono de um cachorro que já chegou morto, sem se importar, que ele estava desmaiando toda hora e sofria do coração. Além de estar passando por divórcio e não estar concentrado no trabalho, deixando seus pacientes que lá estavam internados, sem o tratamento adequado. Haviam funcionários descontentes e o clima era péssimo, com pessoas telefonando para cobrar alguns pagamentos, o tempo todo. Fiquei só três dias e não suportando mais tudo aquilo, não voltei.
- Com o passar do tempo, nossas contas foram ficando atrasadas, a nossa situação financeira, ficou de tal forma que precisamos receber ajuda dos Vicentinos. Nos tínhamos conversado com o Padre Rinaldo, e ele disse que os enviaria os Vicentinos, (sem sindicância)  para que economizando com comida, pudéssemos pagar alguma conta de: água ou luz por exemplo. Mas não é o que eles fazem, são muito criteriosos para ajudar. A pessoa tem que estar miserável mesmo.
- Não estávamos conseguindo trabalho pra nós em São José dos Campos e também depois de perder o nosso lugar do trailer no Parque Santos Dumont, na mudança de governo da prefeita Angela Guadaguinin para o prefeito Emanoel Fernandes, que tirou todos os trailer´s e ambulantes das calçadas das ruas de São Jose dos Campos, não restou outra alternativa a não ser ir trabalhar com o nosso   cunhado Nivaldo, em Cosmorama. Eles estavam precisando de ajuda para tocar os negócios, porque ele estava piorando do câncer. Começamos então, uma conversa de mudar pra Cosmorama. Perguntamos para nossos filhos, o que eles achavam disso e eles concordaram.
- Colocamos a casa à venda, mesmo contra a vontade dos parentes, queríamos virar a pagina. Confesso que eu ficava preocupada de como ia fazer, para viajar com os bichos dentro do carro, mas o gato andou tendo uma espécie de furúnculos e depois sumiu. A kelly tinha o costume de correr atrás de carros, foi atropelada e morreu, veio dar o ultimo suspiro, bem na calçada em frente da nossa casa, foi muito triste.
- Passamos um período de enorme vazio com a perda de nossos bichinhos. Até que deixaram um cachorrinho de madrugada na porta da nossa casa, era machinho. Comecei a cuidar dele. Tempos antes a sobrinha Carolina me falou que a Jú do Doutor João tinha  uns cachorrinhos para doar, eu tinha ido lá e reservei a minha cadelinha.  Quando desmamou, fui buscar, era uma bolinha branca, muito engraçadinha. Vicente colocou o nome dela de Meg. O machinho quando chegou, estava perdido de carrapatos e com um barrigão cheio de vermes. Mas depois de bem cuidado, procurei uma família para ele. Apareceu um rapaz lá em casa e o adotou. O Mateus queria que eu ficasse com os dois, mas ter macho e uma femia juntos, achei que seria muito complicado por ocasião do cio.
-  No começo Mateus apresentou ciúmes da cachorrinha, se referindo a ela como cocozinho branco.



                                                                                Meg


- Doutor Paulo, sua esposa Tereza mais os filhos: Thiago e Sylvia,que eram da Igreja Batista se despediram de nós, nós apresentaram o Doutor Tel,( que ia ficar no lugar deles) e foram em missão para a República Dominicana na África.




- Depois de ter posto a nossa casa para vender em tudo quanto era imobiliária, conseguimos fazer um excelente negócio pela imobiliária Maciel.
- Depois de treze anos naquele mesmo endereço, despedir dos vizinhos com os quais convivemos foi muito doloroso, nos rezamos muitos terços juntos, fizemos algumas festas juninas na rua e nossos filhos cresceram brincando e jogando bola ali na pracinha.


Essas são fotos dos nossos queridos vizinhos:

Dora e Dalmo

                                               Era como se fossemos uma grande família.
Neide e Osvaldo

Neiva


- Na casa do nosso amigo Doutor João Cerruti Sobrinho que é Obstetra e Mastologista, fizeram um churrasco de despedida para nós.
- No dia 18 de  outubro de 1998, nós  mudamos para Cosmorama. Acabamos saindo por volta das  23 horas, Vicente, eu e a Meg no fusca e a mudança e os nossos meninos no caminhão com Zé Damião. Lucas estava com 15 anos, Mateus com 13 e  Meg com 2 meses .
- Chegando lá, fomos muito bem recebidos pela minha cunhada, que nos preparou um delicioso café da manhã. Um verdadeiro banquete.
- Dia 24 o melhor amigo do Vicente, Adão veio nos dar boas vindas, neste dia também conheci o Vando, que veio montar nos bois. Ele chegou montado num cavalo, jogando o laço nos bois e isso me fez lembrar do comercial de cigarros Marlboro, eu pensei, acho que estou na terra de Marlboro, rs. Uma realidade muito diferente da que estávamos acostumados.
- Dia 25 conhecemos o Paulo Giolo, (casado com a Rosana), ele veio molhar as mudinhas dos enxertos de manga, que ficavam bem em baixo de uma mangueira frondosa, que havia bem na frente da porta da nossa cozinha.

                                                             Paulo Giolo e Rosana

Lucas realizando um sonho com seus próprios esforços.




- Não demorou muito o Lucas começou a ter dor de barriga toda vez que tinha que sair de casa, não queria ir a escola e chorava se a gente insistisse. Levei ao médico, o Doutor José Yugi Saito, que tinha sido meu patrão, ele diagnosticou como Síndrome do Pânico, medicou a dor de barriga e deu um atestado de seis meses para levar na escola. Ele ia fazer 14 anos, não saía, mas se ocupava dentro de casa, lendo as apostilas de eletricista do pai e montando equipamentos de luzes. Meu amigo Divino lá da APAC, a amiga Cida e outras pessoas, vieram fazer oração pra ele. A Flávia do Batata, (nossos amigos do ECC) e a Luiza ( que depois se tornou a madrinha de crisma dele) foram de fundamental ajuda, através de conversas que tiveram com ele. O pessoal da preparação do Crisma também veio. assim que ele melhorou foi trabalhar com o tio Beto no loteamento Terras do Sul. Com seu primeiro salário, comprou seu vídeo game dos sonhos.



Depois trabalhou com um conhecido nosso chamado Dário, que tinha vidraçaria. Quando recebia, o pagamento me entregava todo o dinheiro e dizia, mãe é tudo nosso.







 No começo do ano ele recuperou as aulas perdidas, fez as provas e conseguiu se sair bem.

- Nessa época o nosso programa favorito da TV, passava na hora do almoço, chama-se TV Colosso.




TV Colosso foi um programa infantil de televisão, que substituiu o Show do Malandro e o Xou da Xuxa, exibido em 19 de abril de 1993 até 3 de janeiro de 1997 na Rede Globo de Televisão. O programa foi criado e dirigido por Luiz Ferré, Roberto Dornelles e Boninho, que se utilizaram de bonecos caracterizados como cães, simulando todas as instâncias de uma emissora de TV; do presidente ao office-boy.



Havia a protagonista Sheepdog, Priscilla; o operador, Borges um bulldog que era o diretor de imagem e ficava na cabine de controle da programação chamando os desenhos animados que complementavam a programação da TV Colosso.



Como o programa era exibido de manhã e terminava por volta de meio-dia, na hora do almoço, um desses bonecos, vestido como chef, berrava com sotaque francês: Atention, tá na horrra de matarr a fomê, tá na mêss pessoaaaaal e era atropelado pelos outros, em louca disparada, que gritavam em dissonância "Até amanhã! Até amanhã!" terminando o programa.



Era muito divertido e nos adorávamos ver a Priscila e o Gilmar. 


Priscila


Gilmar

- É pena que o programa saiu do ar no dia 3 de janeiro de 1997.


Fotos feitas nos meus 37 anos e o livro que foi um divisor de águas na minha vida.



 - Com o desemprego e todas as tensões pelas quais já tínhamos passado eu comecei a sentir dores pelo corpo todo, cada hora era num ponto diferente. Tínhamos uma firma de pintura aberta, chamada Viva Cor Pinturas, que tentamos tocar junto com a sorveteria, mas tivemos que fechar, porque em época de crise, todo mundo virava pintor em troca de um prato de comida. Tínhamos uma equipe muito boa, mas não podíamos pagar o pessoal para ficar parado. Foram seis anos conciliando as duas coisas entre um emprego e outro. Logo estávamos endividados

- Padre Rinaldo intimou-nos a fazer o ECC - Encontro de Casais com Cristo.
Nós com o Padre Rinaldo Resende


Ele   queria que trabalhássemos juntos nos encontros de casais. Fizemos muitos amigos no ECC. Primeiro foi com um pessoal de Jacareí que nos ensinaram tudo que sabiam. Pezão e Nena. Aroldo e Andréa foram nossos amigos mais chegados, mas um dia, um casal do ECC de Jacareí, Toninho e Cinira nos visitou e como anjos, nos convidaram para passar  o carnaval na chácara deles. Fomos, chegando lá, a geladeira estava abarrotada de carne para  churrasco e bebidas. Eles ficaram um pouco lá com a gente e depois foram embora, nos deixando completamente a vontade. Lá Vicente eu e os meninos jogamos muito domino, eles pescaram, empinaram pipas e dormimos bastante. Até  hoje,  não sabemos o que foi aquilo. Eu estava me recuperando da retirada de um pólipo do útero. Era um tumor  maior que uma  bola de ping pong. Fiz a cirurgia dia 15 de janeiro de 1997, aos 35 anos. Enquanto aguardava pela biopsia, como minha fé ainda  era muito pouca, foram os piores quinze dias da minha vida. fiquei numa agonia, pensando se fosse câncer o que eu ia fazer? Mas graças à Deus não era nada, apenas um tumor benigno. Nos dias em que fiquei de repouso, durante um mês, o Vicente tirou férias da CLAM e cuidou da casa e de mim. Só que justamente quando eu mais precisava de sossego, ele chamou um pedreiro para quebrar o piso da sala e colocar outro novo.

Antes da retirada do pólipo eu fui para Caraguatatuba sozinha, porque toda cirurgia é arriscada e eu não sabia se voltava, então, quis ver o mar.  Apesar de ter sido bacana, pois fiz novas  amizades, entendi que não tinha a menor graça, estar lá sem o meu marido e meus filhos. Voltei antes do tempo determinado.
- Lucas tinha sempre problemas com as unhas do dedão do pé que encravavam, então esteve no Dr João e ele recomendou tirar as unhas, marcaram dia 14 de fevereiro, ele foi, tirou, não tirou dos dois pés, porque senão não ia conseguir andar, mas do pé que ele tirou, nunca mais teve problemas.
- Nessas férias eu voltei a fazer  curso de computação e de Espanhol.
- No meu aniversario de casamento ganhei do Vicente de surpresa, uma geladeira nova Brastemp clean.
- Em fevereiro de 1997 a missa de terça-feira da APAC e da quarta-feira da Paróquia Sagrada Família foi celebrada pelo Padre Eduardo Dougherry e filmada pela  Rede Vida,  eu estava lá.


                                                         Padre Eduardo Dougherry

- Depois de ter feito o ECC formamos um grupo de estudos chamado circulo, que começou com cinco casais, mas que logo diminuiu para três. Éramos nós,  mais um casal de Jacareí:o Arrigo e a Lourdes e a Cida e o Zé ( nossos amigos do grupo de oração - Unidos em Cristo). As reuniões


                                                                         Cida e Zé

aconteciam uma vez por mês e cada vez, era numa de nossas casas. Numa das reuniões que tivemos na casa da Cida e do Zé, eles nos preparam uma bela surpresa, como sabiam que não tivemos bolo no nosso casamento, fizeram um bolo enorme pra nós. Ficamos numa felicidade só.
- As vezes, a pedido de minha cunhada Maria Antonia,  nos íamos tarde da noite até a rodovia presidente Dutra buscar a sobrinha do Vicente, Daniela que cursava a faculdade de Comercio Exterior no Makenzi em São Paulo e com ela uma moça que morava no Bairro D Pedro, então íamos leva-la, até sua casa também.
-As segundas feiras a tarde, eu freguentava um grupo de oração no Monte Tabor.
- Um dia quando cheguei da APAC, encontrei meu filho Mateus mancando, ele estava com uma cara feia e pediu para sair, mas voltou logo. O Lucas me contou que  o pai havia batido nele. quando ele se deitou, como estava de short´s,  pude ver as marcas nas pernas. fiquei horrorizada e liguei para minha cunhada, eu estava chorando. Ela veio com meu cunhado e nos fomos para o Prontil, passa-lo por consulta. O médico não quis fazer nada, mas chamou a policia, fizemos ocorrência policial. Tivemos que ir ao conselho Tutelar, chegando lá, o conselheiro era o nosso amigo Bakos, do grupo escoteiro


                                                                            Bakos



e Diretor do SESI. Ficamos de fazer exame de corpo de delito na segunda feira, pois era sábado e fomos embora. Vicente tinha exagerado nas chineladas (com o chinelo Rider) que deu nele e o menino estava todo roxo.
- Naquele mesmo dia quando Vicente chegou da oficina mecânica, no final da tarde, notei que ele, estava transtornado, parecia estar fora de si, estava esquisito. Falei com ele sobre o que havia acontecido, mas não se intimidou, apenas argumentou que o Mateus não tinha obedecido e pronto.
 No dia seguinte me ligou e pediu para arrumar sua mala que precisava viajar a trabalho e foi, disse que não sabia quando voltaria. Muito estranho porque no seu trabalho não havia essa pratica de viagens.
- Na terça feira meu cunhado Donizete, (que tinha saído do Banco e agora tinha um restaurante em Caraguatatuba) , levou os meus meninos com ele pra lá. Eu fiquei sozinha só pensando no que fazer.
- Eu já tinha bons motivos  para me separar dele, agora então... mas isso, só iria piorar as coisas. Na quarta ele ligou arrependido, chorou e me pediu perdão. Ainda não dei meu perdão, aquilo estava doendo em mim. Na quinta ele voltou para casa  e no Domingo fomos buscar as crianças em Caraguatatuba. Chegando lá, tive que ouvir do meu cunhado, que nos éramos dois sem vergonha. Vicente correu ao encontro do Mateus, abraçou chorando e pediu perdão, ele perdoou o pai e ficamos todos ali na praia com a família, da minha cunhada Vânia, que estavam lá também. O conselho tutelar levou um mês para me chamar para dar depoimento, ai eu te pergunto: Pra que serve o Conselho Tutelar mesmo? Conforme orientação do meu amigo Bakos, escrevi uma carta dizendo que já havíamos contornado a situação e o assunto foi arquivado e nunca mais o Vicente relou um dedo nos filhos. Mas me deixou ciente que se algo acontecesse com eles, que precisassem de correção, que eu me virasse pra resolver.
 
- Dia 2 de março de 1996 nós estávamos chegando em casa, após um passeio, até a comunidade Rosa Mística (que fica na estrada de Caraguatatuba), quando, fui surpreendida pelo meu vizinho Samuel, que me deu a notícia da morte dos integrantes da Banda Mamonas Assassinas. Eu não sabia como dar esta noticia para nosso filho Lucas, ele tinha ido no show deles e era muito fã. Ele estava dormindo e quando acordou, tive que falar, ele chorou muito.




- Uma amiga do ECC, a Arlete, me emprestou um livro, chamado:" Você pode curar sua vida" de Louise Hay, a partir daí tive o meu divisor de águas. Este livro se tornou meu livro de cabeceira.
- Mudei de atitudes perante a vida.




- Já era 1998 quando Arlete  me indicou um bom e paciente instrutor de auto-escola, o Peterson, então durante as manhãs enquanto os filhos dormiam durante as férias, tirei carta, (CNH). Podiam ter me chamado de meia roda algum dia, mas, no inicio é assim mesmo, com o tempo a gente se aperfeiçoa, todos podem melhorar com o tempo.
Eu costumava leva-los para a escola mesmo sem ter carta e ainda levava os filhos da vizinha junto e o pior, estávamos sempre atrasados e eu vivia correndo.
- Ganhei numa promoção da loja americana, o direito de ir fazer umas fotos de estúdio, fui.













- Apareceu lá em casa, um rapaz chamado Domingos, que havia vendido um jazigo pra nos no cemitério Parque das flores e agora estava usando e vendendo Herbalife. Ele havia emagrecido muito e estava com cara de doente. Então não me interessei. Além de ninguém lá em casa, estar precisando, perder peso. eu havia adquirido 3 kilos depois dos 30 anos, mas com 59 quilos, ainda assim, estava ótima.

O primeiro milagre que aconteceu na nossa casa, foi com o nosso filho Mateus.



 - Quando o Lucas tinha 12 anos, um dia na missa percebi, que naquele ano, ele tinha estado  mais baixo do que eu, quando estava  sem salto e agora, eu de salto ele já era mais alto. Era o estirão da adolescência. Agora ele também já se virava bem na cozinha sozinho, porque eu havia prometido a mim mesma, que assim que meus filhos,  conseguissem ver por cima da panela, eu iria ensina-los a cozinhar. Não queria que sofressem, como eu sofri, por não saber fazer praticamente nada, quando minha mãe teve AVC. Nossos dois filhos, já arrumavam o próprio quarto e faziam revezamento para lavar o banheiro. Eu com doze anos, não cozinhava, mas pelo menos aos sábados, já limpava a casa toda para minha mãe, passava cera, depois escovão e enceradeira, sem que ela me pedisse nada. Na nossa casa, tudo agora, funciona em esquema de mutirão.


                                                  
                                              A enceradeira de minha mãe era desse modelo, 
                                                              entrava até nos cantinhos.





- Aos 11 anos, Mateus havia pulado o muro da escola, para matar aulas e  tinha se machucado feio. Na chapa mostrava, a cabeça do fêmur preta. O médico disse que ele havia entrado para a estatística das crianças que ficam com a perna seca. Pediu repouso absoluto por  algum tempo e que depois voltássemos. Mais uma vez, foi feita a corrente de oração com os nossos amigos da igreja. Ele não podia colocar o pé no chão daquele lado, então o Lucas, carregava ele no colo pela casa, com todo carinho e cuidado. No fim da missa do dia de Santo Antônio, ganhei de uma vizinha da minha sogra, um pão bento e  ela me disse: Dá esse pão pra ele comer que ele vai sarar. Agradeci e levei pra casa, chegando lá, dei pra ele com toda fé.
- Quando voltamos ao médico, ele estava curado, graças à Deus.


- No dia 2 de maio de 1994, assim como eu, milhares de pessoas puderam ver pela TV, o cortejo fúnebre de Ayrton Senna da Silva, seu corpo chegou as 6:10 da manhã no Brasil em Sã Paulo. Para mim ficou a imagem de uma pessoa muito, humilde, que ajudou a mostrar o Brasil lá fora com  muito orgulho.
Em seus últimos momentos antes da corrida, o vídeo que fizeram, mostra, ele  com um certo olhar, que dava a impressão de  já  estar sabendo o que iria ocorrer nos próximos instantes, ali naquela curva em Imola na Itália. No seu velório, achei muito indelicado da família dele, ignorar a Adriane Galisteu, mulher com quem estava vivendo já há algum tempo e dar toda atenção especial, para a Xuxa, como se ela fosse a viúva. Isto é uma observação minha.




- Os Padres: Rinaldo e Pedrinho deram vida nova a comunidade e estavam conseguindo construir a nova igreja do jardim Satélite, coisa que durante 19 anos o padre Luiz Bertolotti, não tinha conseguido. Mas eu gostava de me confessar e conversar com ele. Um dia ele me disse, que eu não devia, me preocupar com as idas e vindas de minha mãe, ela tinha vivido a vida dela e feito as escolhas dela, portanto, agora era hora de me preocupar comigo e com o meu casamento e filhos.
- Confesso que não gostava das missas do padre Luiz, ele ao meu ver, não tinha boa dicção e também não fazia questão de ser simpático, só que as crianças adoravam ele. Assim que me mudei para o Jardim Satélite me apresentei a ele e me ofereci como catequista, mas ele me respondeu que gostava de dar a catequese sozinho. Não tive boa impressão dele naquela época.



- Lá na APAC costumávamos receber visitas de estrangeiros, eu fazia parte da equipe que ia no aeroporto para encontra-los, junto com o interprete.  Quando teve um seminário internacional das APAC´s, veio muita gente de fora, de tudo quanto era lugar, nós as voluntarias, ficamos de acompanhar as pessoas até seus alojamentos. hotéis, casas hospedeiras. Dentre as voluntarias, que fizeram curso comigo, fiquei conhecendo duas irmãs evangélicas. Na nossa conversa , uma delas ofereceu para fazer uma oração para mim. Foi revelado através dessa irmã que eu iria para um outro lugar de "Campos verdejantes". Ela falou mais coisas, só que, isso foi o que mais me chamou  atenção. Lembrei que quando trabalhava no consultório do Dr Rios, fui numa cartomante e ela disse que: teríamos problemas com a justiça, que teríamos um comercio sob rodas e que faríamos uma viajem ao exterior. De fato tudo estava se concretizando, nós fomos para o Paraguai fazer comprar, o comercio sob rodas, era o trailer de sorvetes e a justiça ainda estava para acontecer.


- Trabalhei na campanha eleitora do Dr Itamar Coppio, um médico bem conceituado na região. Em todo lugar que eu chegava com o jornalzinho dele, era bem recebida.



 Foi um trabalho de andar a pé na chuva e no sol, para entregar jornaizinhos da campanha. No Sábado tínhamos que ficar nas esquinas das avenidas, segurando uma bandeira com a propaganda dele. Era uma maneira de defender alguns trocados. Praticamente todo o dinheiro recebido ali, gastei com o veterinário, todos os nossos bichos ficaram doentes. Foi quando conheci o veterinario Dr Ivo Artioli, que tinha recem aberto uma clinica no meu bairro.



Dra Simone e Dr Ivo

O gato teve infeção de urina, a Kelly problemas de estomago e a Úrsula, que já estava com 14 anos, meio cega, meio surda, com as pernas fracas e cheia de câncer, já tendo passado por duas cirurgias, precisou ir para o sacrifico. Eu sofri demais por ter que tomar esta decisão, mas não havia mais o que fazer. Minhas crianças não me perdoavam por  isso.


- Como catequista da Paróquia Espirito Santo também acabei entrando no coral da catequese, Vicente logo juntou-se à nos, para tocar violão. Nos cantamos na ordenação do padre Davi, mas quando teve a ordenação do Padre Wagner Rodolfo da Silva, dia 28 de fevereiro, (como eu não pude ir nos ensaios, porque estava trabalhando),  no dia, só o Vicente foi. Foram três horas e meia de missa. É muito bonita a parte que eles, padres deitam-se com o rosto no chão, "A prostração", o significado é morrer para o mundo e nascer para Deus.
- Santa Catarina de Sena dizia que se encontrasse , um sacerdote e um anjo, primeiro saudaria o sacerdote, depois o anjo. Isto porque o sacerdote representa Cristo na terra.
Depois teve um almoço no clube de Campo Santa Rita.



- No fim de ano, eu pude participar, do canto, juntamos todos os corais, de todas as missas e formamos um só, ficou maravilhoso. Como dizia Santo Antônio: Cantar é próprio de quem ama.
- Numa das missas em que eu estava, eu vi uma moça de calça legging branca e transparente, a blusa era curta e deixava toda a bunda á mostra, estava chamando muito atenção. No fim da missa fui falar com ela, orienta-la de como devemos nos vestir para ir a casa de Deus. Essa calça pode ser muito bonita, mas não fica bem para ir a igreja, não é própria. Estava havendo muitos abusos e apelações naquela época. Ninguém coloca qualquer roupa para ir à praia, para um velório, para ir a um estádio, é a mesma coisa quanto a ir a missa. Sei que ela poderia me xingar, mas ao contrario, me agradeceu.
Eu mesma quando era menina de doze anos, ia de frente única na missa, não havia ninguém para me orientar. Só que  isso não era nada, pior era ser catequista e ser ignorada pelas próprias colegas. Estar nas reuniões da catequese e parecer ser invisível.
- Nos convidaram para fazer parte da equipe de curso de noivos. Vicente e eu fomos, foi a equipe mais agradável de se trabalhar.

Padre Wagner Rodolfo da Silva