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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

- Dia 26 de Janeiro - Sábado, de madrugada, aconteceu na Boate Kiss em Santa Maria, no Estado do Rio Grande do Sul, a segunda  maior trajedia da história do Brasil em questões de incêndio, foi causado por um sinalizador, disparado no palco em direção ao teto. Causando a morte de 242 pessoas e ferindo 680.
A festa "Agromerados" iniciou-se às 23 horas , na boate  localizada na rua dos Andradas, 1925, nocentro da cidade de Santa Maria. A reunião foi organizada por estudantes de seis cursos universitários e técnicos da Universidade Federal de Santa Maria. Duas bandas estavam programadas para se apresentarem à noite. Havia de 1.000 a 1.500 pessoas na boate , segundo a polícia.   Eram na maioria estudantes , dos cursos de Pedagogia, Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia.
Por volta das 2h30min de 27 de janeiro, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, a segunda banda a se apresentar na noite, um sinalizador de uso externo foi utilizado pelo vocalista da banda. A banda Gurizada Fandangueira misturava ritmos sertanejos com música tradicional gaúcha. Na sua página do Facebook, eles diziam que a banda "inovava nos ritmos e na tecnologia". O uso de artefatos de pirotecnia eram comuns, mas eles afirmavam que nunca havia acontecido um acidente antes.
O sinalizador soltou faíscas que atingiram o teto da boate, incendiando a espuma de isolamento acústico, que não tinha proteção contra fogo. Os integrantes da banda e um segurança Zezinho, tentaram apagar as chamas com água e extintores, mas não obtiveram sucesso. Em cerca de três minutos, uma fumaça espessa se espalhou por toda a boate.Muitas vítimas forçaram a saída pelas portas dos banheiros, confundindo-as com portas de emergência que dessem para a rua, que de fato não existiam na boate.
O incêndio teve ao todo 242 vítimas fatais. Destas, 235 morreram no dia do incêndio, a maioria asfixiada pela fumaça que tomou conta do ambiente interno, e sete nos meses seguintes, após atendimento hospitalar. Diversas vítimas fatais, dentre elas oito militares, participaram do resgate de vítimas inconscientes da boate. Bombeiros relataram que, enquanto retiravam os corpos, ouviram os celulares das vítimas tocarem "ininterruptamente", significando que seus parentes e amigos tentavam se comunicar
Devido à grande quantidade de vítimas, profissionais de diversas áreas reuniram-se no  Centro Desportivo Municipal Miguel Sevi Viero, como voluntários para prestarem assistência às autoridades e aos parentes das vítimas, atendendo ao chamado de ajuda feito por meio das rádios. Além de médicos e psicólogos, compareceram assistentes sociais, enfermeiros, soldados e policiais. 
O prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer, decretou luto oficial por trinta dias; foi a primeira vez que luto tão extenso foi decretado no município. O governador do estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, lamentou a tragédia e anunciou, em sua conta noTwitter, que viajaria a Santa Maria ainda pela manhã. A presidente Dilma Rousseff, que se encontrava em Santiago, no Chile, para participar da cúpula dos países da América Latina com a União Europeia, cancelou sua agenda no evento para viajar a Santa Maria, a fim de acompanhar o resgate das vítimas do incêndio. Dilma proferiu um breve comunicado à imprensa e ofereceu ajuda federal ao município e ao estado. Após isso, a presidente decretou luto oficial de três dias no país.
O caso ganhou repercussão mundial: veículos internacionais como CNNBBCRTPSICTVIAl JazeeraWashington PostThe GuardianLe FigaroEl PaísDiário de NotíciasJornal de NotíciasPúblicoLe MondeCorriere della SeraThe IndependentThe New York TimesClarín, dentre outros, destacaram notas em suas manchetes principais. 
- Para mim que tenho dois filhos jovens, posso imaginar a dor desses familiares e amigos. Muito triste!
- Quando me mudei para Cosmorama e morava no Bairro da Estação, meus filhos tinham 13 e 15 anos e começaram a ficar na praça da igreja, com seus amigos até bem tarde, conversando, tocando violão cantando e namorando. Muitas das vezes voltaram para casa de bike ou à pé e tinham que atravessar um longo caminho deserto, além de cruzar a rodovia Washington Luís. Minha cunhada Antonieta me perguntava, se eu não ficava preocupada. Não, eu não ficava, dormia sossegada e não pensava em nada de ruim. Embora, depois de ser mãe, passei a ter o sono leve e sempre, me levantava pra ver a carinha deles, quando chegavam em casa.
- Deve ser meu lado índio, minha fé em Deus, minha paz de espirito, ou tudo isso junto. Sei lá. Quando eles ainda eram bem pequenos, com 1 aninho e tres aninhos, eu os consagrei a Nossa Senhora. Estive com minha amiga Silene, que  na época sofria muito com a asma de seu filho Bruno e juntas consagramos nossos filhos, ali no altar da antiga igreja da Paróquia Espirito Santo, do Jardim Sátelite. Naquele dia, não sei como foi isso pra ela, mas para mim, foi como tirar uma roupa e colocar no cabide e esquecer lá, entreguei de todo o coração a Nossa Mãe, a proteção de meus filhos. Foi de coração, foi sincero, foi puro e verdadeiro, o meu sentimento de entrega. Ali os depositei e nunca mais senti temor algum, em momento nenhum de suas vidas.
- Quando já estavámos morando no Bairro do Interlagos e eles iam pra balada, quem muitas vezes os buscava de carro, era eu. Meu marido, nem me via sair e voltar, ficava dormindo. E apesar de também ter que passar sozinha por uma estrada longa e deserta,nunca tive medo.
- Sempre me senti protegida por Deus e por seus anjos. Nunca me senti só e muito menos me preocupei com estes fatos.
- Lucas foi DJ muitos anos e geralmente suas festas viravam a noite até o amanhcer. De minha parte, eu só pensava, que ele estava fazendo o que gostava, sendo feliz, junto de gente que se divertia muito, enquanto ele realizava o seu melhor trabalho, coisa na qual ele era muito dedicado.

Nesta foto, Lucas esta com amigos do começo da carreira de DJ:
Anderson, Estevão e Washington. Com quem fez o curso de DJ em SP.

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