Pesquisar este blog

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Como eu conheci os padres: Edney e Luiz Fernando e a Psicóloga e escritora Renat Jost De Moraes.



-No tempo em que fiquei de voluntária da APAC, me senti muito útil, eu dava palestras sobre valorização da vida , catequizava, dava aulas de alfabetização e ajudava na aquisição de cestas básicas para as famílias dos presos carentes. - Sempre que era preciso, eu saia nas ruas, próximas de minha casa, para pedir doações, para montar as cestas básicas.
Lá eu pude despertar e fazer uso dos meus talentos, porque tive oportunidade. O Sr Chaves, vice-presidente foi a pessoa que acreditou em mim, o Dr Mário Ottoboni idealizador do método APAC, também me deixava completamente a vontade. Havia um respeito e um carinho muito grande por parte dos presos, com a gente. A sensação era de estar em família. Nós voluntários estávamos no mesmo barco, procurando os melhores caminhos para ser feliz. Vi muita gente  expressar seus sentimentos e chorar, meu desejo era  poder curar- lhes  a alma. Nunca se tocava no assunto de suas vidas pregressas, "não se deve cutucar as feridas alheias".
Fiz muitos amigos por ali, não vou entrar em detalhes aqui, mas alguns presos do regime semi-aberto frequentaram minha casa, uma amiga minha voluntaria, namorou um deles.
- Eu e minha amiga Jaqueline, ( que conheci lá dentro da APAC), fomos para São Paulo conhecer a Psicologa Renat Jost de Moraes, de Belo horizonte (que tinha criado o método ADI/TIP ) foram quatro dias de curso. Foi maravilhoso.
- Eu tinha me beneficiado desse método e queria saber mais para poder divulga-lo.  Li os dois livros dela: "As chaves do Inconsciente" e  "O inconsciente sem fronteiras".









- Durante o meu tratamento, muitos sentimentos ruins foram curados. Nada me ajudou mais do que este tratamento. Em apenas algumas  sessões com o professor Hugo, eu tive alta e numa delas recebi das mãos dele, o meu Ministério, que é: " Curar os corações doloridos". 
O Vicente também foi atendido por ele e foi muito bom. Durante as sessões, era como estar assistindo o filme da minha vida e tentar mudar os sentimentos, ali na raiz dos problemas. O principal de tudo, eu tinha conseguido me perdoar do aborto e agora estava em paz comigo mesma.
- Lá na APAC nós os voluntários eramos chamados de padrinhos e madrinhas e uma vez por mês havia uma missa com homenagens para aqueles que mais se destacavam. No dia 6 de janeiro de 1997  fui homenageada e o Lucas, meu filho estava lá para me ver. Era uma missa aberta aos familiares e visitas. Lá eu conheci o Padre Luiz Fernando de Santa Branca.




Ele costumava ir lá, para atender confissões. O Padre Afonso era o Pároco oficial da APAC. Fui madrinha de crisma de um preso. Fiquei lá seis anos. Surgiu uma oportunidade de cursar Teologia, fui. O professor que eu mais gostava era o Padre Edney.




 - Muitas vezes eu saia da APAC e passava na sorveteria, para conversar com a Maria, nossa funcionaria, lembro que eu tinha 32 anos, quando falei pra ela:- Maria, ora por mim, porque tenho um espirito muito inquieto.
- Além de que eu também tinha um espirito de suicida, que vivia me rondando. Qualquer coisa, eu tinha vontade de me matar ou morrer.
- Quando o Mateus tinha 7 anos, ele não queria comer nada, saia para a escola sem comer e quando voltava não comia também, não dormia e todas as noites, ia para nossa cama. Levamos ele na Irmã Emerencia, na Obra Social e Assistencial Magnificat, (Av. João Rodolfo Castelli, 2855 - Putim, São José dos Campos - SP, 12228-000 - Telefone:(12) 3944-1314). Ela conversou com ele em particular, acho que ela fez uma oração também e ele se curou. Eram tempos difíceis em que só tínhamos ovo para comer e olha lá, o Mateus não gostava de ovo. Eu  chorava muitas vezes e  clamava a Deus por sua misericórdia e pela cura dele. Ele não me deixou sem resposta.




- Um dia no meu quarto de olhos fechados, senti que havia uma luz de cor forte da cor do por sol ao lado de minha cama, podem me achar maluca, mas eu sei que era Ele, Deus, ele veio me visitar, não tenho dúvidas. eu também senti um calor que aquecia, mas não queimava, esta foi minha experiência pessoal com Deus.
- Tempos depois estive na APAC e quando entrei, um preso chamado Samuel, que me abriu a grade,  falou: Você brilha tanto que ofusca os meus olhos. Brilha mais do que o sol.
- Em casa eu comecei a contar para o Vicente sobre  algumas revelações que eu tive: Eu disse que havia alguém com Câncer na família e que nossa vizinha Neiva também estava.
- Que eu vi em sonho, alguém jogar uma criança pela janela e que haveria uma ecatombe. Eu nem conhecia esta palavra, nunca tinha ouvido falar nela.
- Em 1993 o nosso filho Lucas, como muitos meninos, que colecionam alguma coisa, colecionava caixinhas de maços de cigarros, era a coqueluche entre as crianças e nos comprávamos cigarros só para poder colaborar. Um dia uma professora falou que aquilo era um absurdo. Não demorou muito, por ele mesmo, não quis mais e deu fim em todas elas.
- O nosso filho Mateus aos 8 anos, era muito reservado, mas gostava muito de jogar futebol, torcia para o São Paulo e seu ídolo era o Zete ( goleiro do seu time). Ele dizia que quando crescesse queria ser padre e me perguntava: mãe, padre pode jogar bola? Ele queria ser padre, mas poder jogar bola, então eu lhe dei o exemplo do Frei Vitorio, que era sacerdote e também jogava bola.
- Seu prato preferido era macarrão e adorava comer bolo de chocolate, sorvetes e doces de chocolate.
- Os nossos dois meninos adoravam comer lanches do Mac´Donald´s, então uma vez por mês, patrocinados pela minha mãe, íamos ao Center Vale Shopping, lá eles também se divertiam nos brinquedos, já combinávamos antes, que podiam ir uma vez em cada um deles. Levávamos a minha mãe também, para passear com a gente, algumas vezes ela não queria sair do carro e ficava lá.




- Minha mãe estava com 71 anos e bem esclerosada.
- Como tinha voltado a estudar , perguntei para a professora, o que era ecatombe, mas ela também não sabia. Eu também  estava fazendo curso de computação.
- Mateus assim que saiu do jodô, entrou para capoeira, seu batismo aconteceu no Sesc, onde recebeu seu cordão verde. Eu sempre curti capoeira desde meus 12 anos, quando meu paquera Antonio Carlos Guedes, era capoerista e se apresentava no colégio João Cursino e praça Afonso Pena, com o mestre Lobão, ( Everaldo Bispo de Souza), que ajudou a fundar a primeira academia de capoeira do Vale do Paraiba, a Academia Besouro Manganguá, em 1971. Ele participou do filme do Massaropi e de mais dois filmes.









- Um dia nosso filho Mateus achou um gatinho e pediu para levar pra casa, deixamos. A Úrsula por incrível que pareça aceitou numa boa. Tempos depois, adotamos uma cadelinha da rua, chamada Kelly. Ela estava prenha, Vicente fez uma casinha de madeira pra ela se abrigar com os filhotes. Depois que eles desmamaram, arranjei dono para todos. Ficamos então com duas cadelas e o gato, fora uma outra cadelinha chamada Pipoca, que costumava aparecer por lá de vez em quando, aí eu dava banho nela, dava água e comida.
Mas ela não gostava de ficar presa e ia embora a noite.

- Em casa a noite, a preferencia de ver TV era dos filhos, eles assistiam geralmente ao programas da TV Cultura: Mundo da lua  e Castelo Ra Tim Bum.

Mundo da Lua foi um seriado brasileiro produzido e exibido pela TV Cultura, criado por Flávio de Souza e protagonizado por Luciano Amaral, mostrado originalmente entre 6 de outubro de 1991 e 27 de setembro de 1992, totalizando 52 episódios.

A transmissão do seriado perdurou por vários anos na TV Cultura, sendo um campeão de sucesso e audiência da emissora nos anos 90. Foi exibido também na Rede Globo em 1993, e atualmente é exibido na TV Rá Tim Bum em vários horários.

O seriado apresenta Lucas Silva e Silva, um garoto que ganha um gravador de seu avô paterno Orlando ao completar dez anos. Em meio aos problemas típicos da passagem da infância para a adolescência, Lucas cria no gravador histórias a partir de como gostaria que as coisas fossem. Ele vive na casa do avô com os pais, Rogério, professor que se desdobra para conseguir trabalhar em três empregos, e Carolina, que trabalha em uma boutique; a irmã mais velha, Juliana; e a empregada Rosa, que enquanto namora Marcelo, conversa com apresentador Ney Nunes em seu rádio.











- Nos fins semana passávamos como os filhos e as vezes os sobrinhos, pra tomar um sorvetinho lá no nosso trailer.


                                                             Andrew´s nosso gatinho
Kelly nossa cadelinha adotada da rua.


Eu aos 33 anos

- Mas tarde foram a vez de assistir  os seriados: Confissões de adolescente e Anos incríveis.


- Com as atrizes: Maria Mariana, Daniele Valente, Georgina Goes, Debora Secco e  o ator: Luiz Gustavo
Confissões de Adolescente é um seriado brasileiro que estreou em 22 de agosto de 1994 na TV Cultura. Também foi exibido na Band, Nickelodeon e no Multishow. A série recebeu uma indicação ao Emmy Internacional de melhor programa infanto-juvenil em 1995.


O seriado anos incriveis durou seis temporadas na rede americana ABC, de 1988 a 1993. No Brasil, o programa foi exibido pela primeira vez na TV Cultura em meados da década de 1990 obtendo enorme sucesso, mais tarde TV BandeirantesMultishow e Rede 21 também exibiram a série até voltar à TV Cultura novamente.
Apresentou as questões sociais e os eventos históricos do final dos anos 60 e início dos anos 70, recheado de músicas da época através dos olhos do protagonista Kevin Arnold, que também vive os assuntos da adolescência (principalmente com seu grande amigo Paul e sua paquera, Winnie Cooper), diversas situações com seus familiares e outros. Enquanto se passam as histórias, os acontecimentos são narrados por um Kevin mais velho e experiente, que descreve o que acontece e conta o que aprendeu de suas experiências. Era isso que tornava a série especial e diferente das outras.




Cursilho de Cristandade da igreja Católica, o primeiro divisor de águas da minha vida adulta.



- Eu via nas reuniões do Cursilho tanto amor entre os membros, que senti vontade de pertencer aquele grupo, que o pessoal chamava de panelinha. As reuniões eram de terça na paróquia São Dimas, com palestras, depois da missa, ministradas pelo Frei Vitório Infantino, que era o dirigente espiritual do Cursilho. Nós estivemos por ali durante seis anos. Participávamos de tudo. Trabalhávamos nos cursilhos voluntariamente e cantávamos nas missas. Vicente tocava violão, eu só cantava. Tentei por duas vezes aprender a tocar violão, mas definitivamente não levo jeito.


Frei Vitório Infantino


- Um dia o Vicente foi convidado para dar uma palestra na APAC - ( Associação de proteção aos condenados) fui com ele, levei as crianças, confesso que senti um pouco de medo de andar por aqueles corredores da cadeia, mas achei um belíssimo trabalho da pastoral carcerária, de evangelizar os presos. Assim que soube do curso de preparação para ser voluntária, fui fazer, foram seis meses.
- Liderei um movimento contra o abuso das cenas de sexo e violência na  TV, colhendo assinaturas num abaixo assinado, cheguei até, a dar entrevista na rádio. Mas me senti tão sozinha que me chateei e não quiz mais fazer parte desse movimento. No Cursilho, a unica ação que eles tinham, eram os retiros. Para mim aquilo era muito pouco, eu queria mais, tinha tido o meu despertar, agora tinha que procurar algo que me preenchesse. Vicente e eu éramos os mais novinhos por ali, com crianças ainda pequenas. Todos os outros já estavam com filhos adultos, não tinham com que se preocupar, quanto a programação e o horário do que passava na TV. Ninguém nunca nós procurou para saber o porque nos afastamos, acho que não fizemos falta.
- Eu tinha visto na parede de uma clinica veterinário, um cartaz, que falava sobre política. Aquilo mexeu comigo, dizia:" Quem não gosta de política, tem que ser governado por quem gosta".
- Reparei que onde fomos morar, era um pedaço esquecido lá do bairro, do Jardim Satélite. Não tinha asfalto e o que seria para ser uma praça em frente a nossa casa, era um lugar, onde as pessoas, vinham jogar lixo, resto de feira, sofá velho e fazer macumba. Comecei um movimento de colher assinaturas para revindicar o asfalto e outras coisas.  O vereador Carlinhos de Almeida esteve na praça com a Dra Ângela Guadagnin, eles  foram lá ouvir o que os moradores queriam.


Vereador Carlinhos de Almeida


Dra Angela Guadaguinin


Fomos na prefeitura falar com o prefeito Robson Marinho. Marquei reunião com os vizinhos e vereadores na minha casa e aos poucos fomos conseguindo tudo, asfalto, iluminação, pavimentação, quadra de esportes.
- Valeu a luta, conquistamos tudo o que queríamos. Hoje quem visitar o local, vê arvores frutíferas frondozas com vias pavimentadas e um parquinho para as crianças na Praça Pireu. As ruas Escorpius, Lira, Volans e as vielas estão asfaltadas e iluminas, tudo graças as nossas lutas.


Prefeito Robson Marinho

.
- Nossos filhos primeiro, foram para a escola da prefeitura no Jardim Oriente. Mas um descuido da  professora de sair e deixar a sala sozinha, fez com o Mateus se machucasse. Fiquei com  muita raiva e tirei eles de lá. Fizeram a pré-escola no Sagrado Coração de Jesus, era particular, mas um dinheiro que valia a pena investir, uma excelente escola. Vicente e eu fizemos parte da Associação de pais e mestres. Anos mais tarde essa escola, mudou o nome para Educandário Jesus Eucaristico, ela fica na Av Iguape, 354 no Jardim Satélite. Como ficava na rua da casa da minha sogra, era ela quem ia buscar as crianças. Para pega-los, era preciso apresentar uma carteirinha com foto, isso nos dava a total segurança de que outra pessoa não iria pega-los, além dela, ou da nossa amiga e secretária Ester.


Homenagem do dia das mães - eu não sorria, porque tinha vergonha de com esta idade, estar usando aparelho nos dentes.

- A rotina de quem é responsável por conseguir tirar o marido e filhos da cama é muito desgastante. Eles davam muito trabalho para levantar. Eu odiava aquela rotina de corre-corre.


- Eu tive algumas empregadas, que ficavam com a minha mãe enquanto eu trabalhava fora, as principais foram: Maria Luiza, Jacira e a Ester. Pessoas pacientes e dignas de confiança.  Eu comecei trabalhando só meio período, então, muita coisa eu fazia, elas só precisam ficar com as crianças e ser companhia para minha mãe e passar as roupas. De vez em quando minha sogra ou minha cunhada Maria Antônia iam lá em casa. Minha mãe, não perdia a chance de falar mal de mim.  Para ela, morar conosco era sempre um inferno, era o que ela dizia.
- Eu era cautelosa e sensata, mas as vezes tinha comportamentos extremos e desesperada porque  nunca acontecia nada de diferente. Na  noite da virada de 1992 para 1993, peguei as crianças e fui para a Vila São Bento, queria pegar uma carona e ir passar a virada em Caraguatatuba. Estava cansada de um marido que não planejava nada de novo, sem expediente pra pensar em algo bacana com a família. Mas eles começaram a ficar assustados  e voltamos para casa. Dali por diante, tomei a decisão de que eu mesma iria, fabricar meus bons momentos e não esperar mais nada dele. No momento propicio eu iria surpreende-lo e assim nas  minhas férias do trabalho, eu e as crianças fomos para o Rio de Janeiro.


Campo de São Bento - Niterói - Icaraí.

-Eu estava fazendo 31 anos e tia Natalia pediu a empregada Nete, para me fazer um bolo, e comemoramos.
Com meu primo Paulo Sergio

- Passando uns dias na casa do tio Rodolfo e tia Lina, ficava brincando com a prima Cassia, as crianças e meus irmãozinhos: Junior e os gêmeos: Thiago e Diogo,  na piscina. Um dia, tio Rodolfo e eu  saímos para ir a casa  da tia Edna na Ilha do Governador, para saber dela, as minhas verdades, tudo que ela pudesse me falar sobre ser ou não adotada. No meu íntimo, algo me dizia, de que ela seria a pessoa certa, que eu devia procurar para saber. Porque minha primeira lembrança como gente , era dela esfregando o meu pulso com vinagre, para que acordasse de um desmaio. Que na verdade foi uma síncope (com perda de memoria, anterior a tudo que aconteceu antes daquele momento).
- Fiquei sabendo sim, que eu era adotiva, não era filha de nenhum dos dois, a história era a seguinte: Meus pais tinham três meninos: Adilson, Ailton e Hamilton, eu e a Neide. Ele era camelô, vendia doces e também trabalhava de vigia numa fabrica. Minha mãe tinha só 22 anos e ele 33 anos. Na noite de Natal de 1963, durante uma festa na vila em que morávamos, ouve uma briga. Meu pai foi tentar separar e levou umas facadas e morreu. Minha mãe estava grávida e com o susto perdeu a criança, ficou desesperada, sem condições de cuidar das crianças, assim cada um foi ficar com suas madrinhas, até que tudo se resolvesse. Eu fiquei com a vizinha, parente da tia Edna, vim parar na casa dela. Ela disse que antes eu havia ficado em outras duas casas, e que ela queria ficar comigo, mas não tinha condições.

-Uma Observação importante: Em 27 de agosto, a Lei n°4.212/ 1962 permitiu que as mulheres casadas em caso de separação ficasse com os filhos e no nosso caso, minha mãe quando ficou viúva ficou conosco, mas naquela época, as mulheres não trabalham fora, com tanta facilidade e dependendo do lugar, nem empregos tinha.

 Ai que entra o meu pai, o senhor Irineu (cunhado dela)  na história, ele apareceu por lá e me levou para São Jose dos Campos, certamente por influencia de alguém ter dito que minha mãe não teria condições de cuidar de todos nós..

- Ao saber de tudo isso, levei um choque, eu achava que podia ser filha dele, mas não era.
- A tia, ainda tinha contato com uma meia irmã, mais nova e  me levou até ela, Nelma. Ela tinha sido criada pelo pai e a tia, irmã dele. Nelma tinha um companheiro e dois filhos: Tamaris e Tiago.
- Achei nosso timbre de voz igualzinho, o que é a genética!
- Por algum tempo, mantivemos contato através de cartas que eu escrevia para ela e por telefonemas. Mas com o tempo...isso se perdeu.


- Enquanto voltava para casa cheia dessas novidades terríveis, ouvia no rádio do carro, a música de Leandro e Leonardo que fazia sucesso chamada: Entre tapas e beijos.

https://www.youtube.com/watch?v=SSiQELIqovM







Ai como era difícil lidar com tudo isso. Fiz uns tempos de terapia com a Regina, uma psicóloga que atendia numa das salas do Dr Rios.
- Nós finais de ano a gente sempre sobrava.  Donizete e sua família costumavam ir para os parentes da Vânia em Cosmorama, minha sogra também ia pra lá com as netas, ficar na Antonieta, Maria Antônia e Beto, passavam com os parentes dele no irmão Bento e nós ficávamos sempre sozinhos. Até que por duas vezes fomos acampar com uma galera bem legal. Carlinhos e Dalvinha que trabalhavam com o Vicente , mais uma porção de amigos deles, no total umas 40 pessoas.



- Depois que saí do consultório do Dr Rios, eu trabalhei em outros consultórios ali mesmo no Edifico Vip Center, no consultório do Dr Celso Batello iridologista.

e no consultorio do Dr Jony,(dentista também no CTA) . Este prédio era o mais bonito da cidade, tinha elevador panorâmico. Um dia nesse elevador eu subi em companhia do comediante Costinha, que tinha negócios por lá.




Trabalhei também na loja de departamentos Mesbla, que ficava no Shopping Center Vale e depois no consultorios dos gastroenterologistas:Dr José Yuji Saito e Anibal Domingos Filho, na Rua Esperança 282 no Med Center.


- Minha mãe tinha ido morar no pensionato Maria Imaculada, um lugar muito bonito, caro, onde as internas tinham total liberdade para sair e voltar. Ela ficou lá uns três anos. Descobri através da Inês, uma conhecida lá da Paroquia Espirito Santo, que lá havia já alguns anos, um grupo de oração famoso que se reunia sob a direção da Irmã Elisa. Frequentamos este grupo e minha mãe ia com a gente. Eu  abri meu coração com a irmã sobre minha angustia de ser ou não adotada. Ela sitou a passagem Bíblica de Isaias 49:15: - Pode uma mãe esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca.
- A partir daquele momento me apeguei aquelas palavras. Através da Irmã Elisa, consegui ser atendida pela Psicologa Irmã Rosinha. Ela me fez sentir ouvida e levada a sério. Ela tinha uns 60 anos.




Fiz tratamento com ela nove meses gratuitamente. Quando ela não sabia mais como me ajudar, me mandou para outro psicólogo chamado Nogueira.
- Ele utilizada um método novo chamado de ADI - Abordagem Direta do Inconsciente. Só que antes de iniciarmos este tratamento, passei por três serie de doze sessões de neurotrons. Não gostei da maneira como o psicologo estava conduzindo as sessões e depois de dois anos voltei na Irmã, ela então conseguiu que eu fosse atendida pelo Psicologo Professor Hugo Veronesi. Eu já tinha tido  palestras com ele na APAC, enquanto me preparava para ser  voluntária na cadeia. Eu já tinha sido voluntária no CVV - Centro de valorização da vida. Tinha sido muito bom, poder ajudar pessoas que se sentem sós e desesperadas, desesperançadas. Lá fiz uma amizade com uma moça  chamada Elisa.
No plano color, estavam empregando só moças até  23 anos, eu mandava curriculum, mas ninguém me chamava. Fiquei de voluntária lá na APAC, seis anos. Enquanto isso abrimos uma sorveteria no Parque Santos Dumont que também durou seis anos. Por lá passaram  uns  4 jovens como nossos funcionários, até que a Maria ficou.   Nesse meio tempo Vicente passou por desemprego, mandava curriculum, mas só.  Passava as manhãs dormindo até meio dia, foi assim por oito meses, enquanto isso meus vizinhos aceitaram ser motorista de circular, era o que tinha para se fazer naquele momento, mas ele não quis. Depois  ele trabalhou em algumas transportadoras: na Senate, como free lancer, na Princetur, na LTA , na CLAM Carga Aérea e na Tam Air Cargo.
- Por causa do Lucas ter de frequentar as missas de domingo, que eram exigência do Padre Luiz, para quem fazia preparação para a primeira comunhão, nos também íamos para dar o exemplo. Assim ficamos sabendo da vinda de um novo Padre chamado Rinaldo Rezende para a nossa Paróquia. Ele tinha celebrado a missa de formatura de pré-escola do Mateus, mas depois sofreu um acidente de carro grave. Logo no começo quando ele chegou, se convidou para ir almoçar nas casas, nós fomos umas das primeiras famílias a recebe-lo. Ele era carismático e logo nos interessamos por frequentar os dois
 grupos de oração da renovação carismática, que havia  nosso bairro: Unidos em Cristo e Deus de Israel.
Foi lá que tivemos todo o suporte e amparo para passar pelo período de desemprego.


Candida


- A partir daí, voltei a me preparar para o Crisma. Me crismei aos 33 anos,  Candida dona da casa onde o grupo de oração, Unidos em Cristo se reunia, foi a minha madrinha. Sentindo o chamado para servir, participei também de vários seminários: seminário de dons, seminário de vida, seminário para casais oficina de oração e evangelização 2000.


A oficina de oração fiz umas tres vezes e todas foram com a Dra Terezinha Veneziani e seu Marido Dr Francisco.


Participamos também de vários encontros de casais: do Frem, do ECC e de outros. A pedido do Padre Rinaldo fizemos o primeiro ECC da Paroquia e trabalhamos em vários encontros depois. Todos aqueles encontros estavam ajudando a segurar o meu casamento.


Lucas e meus irmãos gêmeos: Thiago e Diogo e Irineu (juninho).


- O INSS me enviou uma carta dizendo que haviam feito os pagamentos de minha mãe no valor errado, para mais e iam descontar nos próximos três anos, então ela voltou a morar conosco. Quando ela se aposentou passou a receber quatro salários, sendo que o certo, eles disseram que deveria ser um só. Tentei recorrer, mas não adiantou. Quando meu pai morreu tive que passar a a aposentadoria dele para a Ana, que tinha sido sua ultima companheira nos últimos seis anos e tinha filhos menores.
- Nós não sentimos tanto naquela época perder esses valores, porque eu tinha meu salario de secretária que supria estas perdas.


-Minhas vizinhas Ail e Neiva estavam sendo mães hospedeiras de crianças, que o juiz tirava da família por maus tratos. Eu também recebi em casa, uma menininha chamada Pâmela de dois aninhos. Eu queria ficar com ela, mas todo o resto do pessoal de casa, foi contra e eu tive que devolve-la.
- Todos nós entramos para o grupo escoteiro. Dentre as famílias inteiras que entraram, ficamos mais amigos do casal: Solange e Osvaldo e dos filhos: Julio e Diogo.




  Nesta mesma época, nossos filhos entraram para o judô. Logo tivemos que parar as atividades no grupo escoteiro por causa das competições do judô, elas coincidiam com o horário das reuniões do grupo. Antes disso nós tínhamos ficamos sócios do SESI e passávamos os fins de semana na piscina.



Até que, com quatro anos, o Mateus caiu e cortou entre os olhos na borda da piscina, foi um acidente grave, ele inchou muito e o corte depois de costurado se encheu de pus, correndo o risco de pegar meningite, foi um sufoco.




- Percebi que em minhas fotos, eu estava saindo de bigodinho,(uma mancha escura). Fui me consultar com uma dermatologista, a Doutora Denise Puppo.




Ela me prescreveu ácidos, glicólicos e retinoicos durante o tratamento de clareamento da pele e me disse: Você já tomou todo o sol da sua vida, de agora em diante fuja dele. Eu também tinha muita coceira depois do banho, então passei a tomar banho só com sabonete de bebê.
- Aproveitando uma carona com minha amiga Claudia fui para o Rio de Janeiro no feriado, fiquei uns dias com  minha irmã Amália. Ela já havia se casado tres vezes e estava namorando, sai com ela e o namorado, ela estava com 42 anos agora. Fomos a um bar chic e lá, bem ao meu lado, estava o Miele com a esposa. Envergonhada, não puxei assunto.


                                                                            Miele                 

- Assim que pude voltei ao Rio de Janeiro.  Fui ficar na casa de minha tia Edivina, ela morava em Bel ford Roxo.


Mas foi comigo na casa da Lucia, em São João de Miriti, lá encontrei com a minha irmã Nelma e seus dois filhos: Tamiris e Thiago, (que eu já conhecia ) e agora, também tinha o Guilherme. A tia dela Lucia, tinha ficado de me ajudar a procurar minha mãe da outra vez em que estive lá.  Mas agora dizia, que eu demorei muito para voltar, (seis anos haviam se passado) e era tarde. Escrevi uma carta para o programa do Ratinho e tia Edivina ficou de levar até o programa pra mim.
- Já em casa, eu tentei saber de minha mãe a verdade sobre eu ser adotada, mas ela, não admitiu. "Vou morrer dizendo que é minha filha", devia ser seu lema.
- Antes do Vicente começar em um novo trabalho fomos passar nove dias no Rio de janeiro na casa de minha tia Nátalia, passamos o Natal e a virada do ano com ela.





- Em outra oportunidade fomos para Campos do Jordão




- Quando minha mãe quebrou o fêmur, teve que ficar nove dias internada, aguardando vaga num hospital da região. Se fossemos opera-la particular, teríamos que vender a casa. Guaratinguetá seria o lugar mais próximo para manda-la, mas nos fizemos uma corrente de oração com nossos amigos. Sentávamos com as crianças na mesa da cozinha e rezávamos o terço. Fizemos contato com pessoas, que nos ajudaram a conseguir, que ela se operasse na Santa Casa de nossa cidade. Quando ela teve alta e foi pra casa, eu parei tudo, para cuidar dela, me dediquei inteiramente à sua recuperação. Contratei a Jaqueline para cuidar da casa e eu cuidava dela. Fiz minha cama no chão ao lado dela e por dois meses, fiquei ali, até que ela pudesse voltar a andar de muletas.  Não sei o que seria de mim sem o apoio que recebi da minha amiga Claudia e de minha comadre Cidinha, que estavam sempre procurando saber dela, me ouviam e me davam força. Eu queria retribuir para minha mãe, um pouco de tudo que ela havia feito por mim, por nós. Depois da cirurgia, ela ficou melhor do que antes, O médico se espantou, ela tinha dado trabalho no hospital, antes da cirurgia, queria fugir. Assim que ficou boa, no dia em que o Padre Rinaldo esteve lá em casa, ela pediu que arranjasse uma vaga pra ela, no Asilo Santo Antônio, ele arranjou. Lá ela finalmente sossegou e acabou ficando,  por nove anos.
- Foi construído um prédio novo na esquina da nossa rua, onde passou a funcionar um  consultório dentário do Dr Paulo César Pagaciov




e de sua esposa Tereza Cristina Pagaciov, assim que começaram a atender, fomos uma das primeiras famílias a serem atendidas por eles e nós tornamos seus pacientes. Eles eram muito educados e nossos meninos iam sozinhos para o atendimento com a Dra Tereza. Na  parte de baixo do prédio, eles alugaram para um cabeleireiro chamado Paul, que tinha vindo da Holanda, ele era lindo, educado, cortava muito bem e  se  parecia muito com o ator Patrick Swayze. Todos nós só cortávamos o cabelo com ele. Logo nos tornamos amigos e conheci até sua filha Maruja, que veio passar férias com ele. Lá no  salão dele, conheci também a Claudia, que  se tornou  nossa amiga. Só  em 1993 quando ela foi cursar a faculdade de Direito, nossa amizade foi perdendo a força e acabou.



                                 O ator Patrick Swayze me lembrava muito o Paul cabelereiro. 

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Aos 25 anos, com varias perdas seguidas e depressão, fiquei um ano doente.


-Voltei a estudar para sair um pouco de casa. Fiz o curso de auxiliar de enfermagem e também fui me tratar, porque estava me sentindo péssima, inútil e sem gosto pela vida. Lembro-me que durante o meu estagio, os pacientes nos chamavam de: "Anjos de azul".
- Depois de uma primeira consulta no meu antigo patrão Dr Rios, (que era psicanalista) comecei a fazer terapia, eu estava com crise de identidade, me perguntava: De onde eu vim, o que estou fazendo aqui, para onde vou e porque?
- Um dia encontrei a filha de um ex-vizinho no ônibus, aquele que pediu para fazer a novena em casa, (quando eu estava grávida do Mateus). Mandei um bilhetinho por ela, pedindo pra ele nos ajudar. Meu casamento ia mal. Uma esperança seria conseguir fazer, o retiro do Cursilho de Cristandade que ele havia falado.


- Primeiro os homens, depois as mulheres, ...era assim que acontecia naquela época, um só para os homens e depois um só para as mulheres. Assim que fiz o Cursilho de Cristandade, eu me sentia tão bem que não quis mais fazer terapia. As palestras tinham o nome de rolho e eu me identifiquei muito com uma das personagens citadas como exemplo, a Maria bombril. Eu queria ser aquela mulher perfeita, casa e crianças impecáveis, tudo arrumadinho, no lugar e eu sempre bem cuidada. Mas não fazia mais, nem as unhas,  minhas mãos eram estragadas de tanto ariar panelas. Na terapia me foi , dito que  a panela representava a vagina e que minha mania por lavar, seria, porque havia sofrido abuso sexual na infância, por parte de meu pai. Eu já estava fazendo terapia a nove meses e senti que pouco havia me ajudado. Então resolvi que não queria mais, pois me sentia ótima. Logo também fizemos um encontro de casais do Núcleo São João e isso ajudou no nosso casamento.
- Eu já estava formada no curso de auxiliar de enfermagem, quando meu irmão Eliseu Edson, sofreu um acidente e veio a óbito. Foram três mortes perto uma da outra, meu sogro, meu pai e agora o meu irmão. A cada três meses, tive  uma perda.

Eliseu Edson de Oliveira, era  filho da minha mãe, Dona Alayde com o ex-marido, Zelito.
Esta é uma foto dele de criança, que depois fizeram um quadro.


- Fui a primeira a chegar no hospital e como havia um colega meu do curso de enfermagem, trabalhando lá, ele me permitiu  entrar no necrotério. Proferi algumas palavras de despedida e fiz uma oração pra ele. Tínhamos nos visto, muito pouco nesta vida, ele era praticamente um estranho para mim. Ele tinha estado em minha casa anterior, num feriado. Veio com a namorada Fátima (sobrinha do Jânio Quadros), eles ficavam a maior parte do tempo, trancados no quarto e praticamente só saiam à noite. Quando foram embora, achei maconha, em cima do meu armarinho  do banheiro. Ele fez a cabeça da mamãe e a levou para morar numa casa para idosos, particular. Disse que viria busca-la para morar com ele em SP.  Ela ficou lá três meses, pago por ele e depois foi para casa de uma funcionária  de lá, por conta própria, mas não ficou muito tempo, voltou pra nossa casa. O Mateus estava com oito meses e sentiu muito a falta da vó, chegando a ficar doente.
- Um dia nos preparando para ir ao aniversario do filho do primo Toni, ali  mesmo, na rua de casa,  Vicente teve um ataque epilético, eu estava sozinha com as crianças e fiquei apavorada. sai correndo de roupão com toalha na cabeça e descalça e fui chamar o vizinho, eu ainda não conhecia ninguém, mas o Adilson eu sabia que trabalhava no Hospital Policlim.
Ele foi até lá e quis me ajudar, mas trabalhava na parte administrativa do hospital, pedi que fosse chamar o meu cunhado Donizete, ele foi. levamos o Vicente para passar em consulta com o Doutor Tadeu neurologista. Foi aí que ouvi o médico dizer o seguinte: Assim como o senhor usa óculos, não pode ficar sem tomar os remédios, senão vai dar os ataques. Ele tomava Tegretol e Rivotril 2.  Já tinha desmaido um dia na fila, do Banco quando eu estava grávida do Mateus, uma funcionária me ligou e avisou, ainda bem que não sou pessoa de se apavorar facilmente. Toda vez que ele deixava de tomar as medicações, passava mal.
-Estava sendo muito difícil, passar por aquele período de descontentamento com a minha vida, eu tinha aceito trabalhar de modelo de salão de cabeleireiro e participar de um concurso representando o salão,  mas nada daquilo estava ajudando. Arranjei uma menina pra ficar com as crianças, mas não deu certo, chamei a Maria Luíza, era a única em quem podia confiar...




- Fiz uma sessão de fotos com o fotografo Sergio Fugiki para o concurso: " Garota objetiva "




Eu ainda tinha todas as medidas de miss, mas não pense que eu tinha autoestima, porque não tinha, estava me sentindo horrível. Eu era considerada um corpo bonito e perfeito, mas queria mesmo é que me vissem por dentro, no meu interior, lá eu era melhor ainda.
- A vó Trindade, ex-sogra de minha mãe também morreu. Sai do salão e fui trabalhar de promotora de vendas dos jees Staroup,  a convite de uma amiga chamada Silene. O empregador judiava muito da gente, passávamos fome, íamos para São Paulo, em fabricas que ficavam em lugares distantes, sem nenhum lugar por perto pra comprar comida.


Cecilia trabalhou comigo e acabou se casando com o Jean - filho da prima do Vicente.

Quase desmaiávamos de fraqueza. Precisei sair porque, fiquei com uma infecção intestinal por comer um presunto estragado que estava na minha geladeira.  
- Logo naqueles dias em que me recuperava, o Mateus levou uma picada de algum inseto e teve erisipela, quase que tem que amputar a perna.
- Fizemos uma festa de aniversario para nossos dois filhos juntos, de um ano para o Mateus e de três anos para o Lucas, com o tema da copa do mundo, num salão lá no centro da cidade. Meus tios: Paulo, Natália, Rodolfo e Lina, mais a filha Cassia, vieram do Rio, para a festinha. Neste dia apareceu lá em casa, um senhor que o Vicente conhecia do Cursilho e ajudou no transporte dos meus tios até lá, era o Senhor Gilberto.
 - Aceitei trabalhar de secretária do Dr Rios, mas estava com a imunidade tão baixa devido aos últimos acontecimentos, que logo adoeci. De uma chuva que peguei, tive uma  gripe, que virou otite, sinusite, bronquite e um ano de dor de ouvido, até descobrir que era problema de ATM. Depois de passar pelo médico buco-máxilo, (de cabeça e pescoço) e fazer tomografia, descobrimos que eu estava com uma inflamação grande nas laterais da cabeça. Depois que cuidamos desta parte, fui encaminhada para o ortodontista. Ele me pediu para fazer a documentação necessária, incluindo a panorâmica. Eu estava com uma mordida cruzada de tal maneira que só podia causar dores de cabeça e de ouvido. O meu tratamento com o especialista ia ficar tão caro, que nem se vendêssemos a nossa casa, daria pra pagar. Acabei optando por um profissional que faria mais barato. Precisei usar aparelho nos dentes três anos. Sofri demais, em cada lugar que ele encostava, fazia ferida. Eu tinha ínguas constantemente.


Doutor Marcio Chaves - ortodontista.

Neste meio tempo, eu saia do trabalho a noite e fazia aeróbica.  Fiz uns tempos de musculação na Academia do Tuta e por fim balé clássico. Mas minha coluna voltou a doer muito e tive que parar.
- Saí do consultório e fui vender lingerie da VISON, estava me dando muito bem, mas recebi uma boa proposta para voltar ao consultório e voltei. Fiz uma grande amizade com a outra secretária chamada Eliane. Éramos como irmãs.


Eliane era a minha primeira grande amiga depois que eu me casei.