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sexta-feira, 18 de setembro de 2015
A primeira vez que fui à praia, foi a melhor sensação da minha vida!
Aos 7 anos, nas férias escolares, fui com o meu pai conhecer o Rio de Janeiro e os parentes que ele dizia que eu tinha lá. Tias, tios, primos, avós, todos me acolheram com carinho, mas conhecer o mar de Icaraí Niterói foi a a melhor coisa que me aconteceu. Eu tinha muitas bonecas, mas minhas primas Carmem Lúcia e Inês Cristina, tinham ainda mais. Brincar mesmo, era com o meu primo Paulo Sérgio e com os primos Claudio e Helton, brinquedo de menino, era muito legal. Eu adorava aquelas miniaturas de carrinhos, que abrem a porta e o porta-malas, alguns abriam a tampa do motor.

Déficit de atenção, timidez, medo, vergonha, não sei o que, mas nunca perguntava nada para a professora na sala de aula.
Na escola eu era tímida, no recreio não brincava com ninguém, só ficava vendo os outros se divertirem ou irem até a cantina comprar balas, doces, etc. Eu não me lembro de ter levado dinheiro algum dia, por isso não aprendi logo a lidar com ele, como as outras crianças. Levava o lanche de casa, pão com ovo, laranjada e banana, meu sonho eram os pães de forma com presento e mussarela.
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Meu pai me chamava de Nega, eu cresci acreditando que era negra mesmo.
Cresci num lugar em que a maioria das pessoas eram de pele clara e olhos claros, meu pai me chamava de nega e minha mãe, não tinha paciência para pentear meu cabelo, dando me a entender de que meu cabelo era ruim. Então eu me considerava negra. O patinho feio da estorinha, era o personagem com a qual eu me identificava.
| Esta criançada, foi com quem eu cresci brincando a minha infância toda. |
| Devíamos estar posando para a foto, porque devia ser aniversário de alguém, este bebezinho é meu sobrinho Agenor Rodolfo. |
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| As primeira flores da minha vida, pelas quais me apaixonei, este era o quintal vizinho, mas lá em casa, também havia um jardim todinho cheio delas, margaridas. |
Os principais responsáveis por eu gostar tanto de ler e escrever, minha mãe e o vovô Remo.
Chegada a hora de ir para escola, não tenho documentos, o que fazer então? Chamam um amigo, um tal de Erculano e pedem que testemunhe dizendo que nasci em casa, para que eu possa ter um registro de nascimento. Feito isto, agora sim posso ir para escola. Com esta idade eu já ganhei um concurso de desenho e um livrinho de presente. Era sobre o mar, fiquei encantada, suas paginas na maior parte eram verdes e azuis. Me dava uma imensa vontade de saber o que estava escrito nele. Não me lembro de ninguém contando estorinhas para mim. Minha mãe trabalhava muito, não tinha tempo. Estava sempre sentada numa poltrona bordando, caseando ou tendo de fazer encomendas de doces e salgados para festas. Então quem me levava à escola, era o vizinho da frente, que morava numa chácara, o Comendador Remo Cezaroni, muito amigo de minha mãe. Com ele aprendi a amar o céu, a lua e as estrelas, porque ele me colocava no seu colo e mostrava do seu telescópio, toda a magnitude do universo. Ele também pintava quadros lindos e deu um de presente para minha mamãe, o qual eu deixei por uns tempos na casa de Dona Ana, porque caiu da mudança no dia em que saí da Vila Ema e depois doei para o museu. Nós também ganhamos muitos livros dele, despertando mais ainda em mim, o gosto pela leitura. a coleção de Lello Universal (com o carimbo do observatório Galileu Galilei), também doei para a biblioteca pública de São José dos Campos.
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| Mas para mim, vovô Remo |
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| Cursei a pré escola no Colégio Olímpio Catão no centro de São José dos Campos. |
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Uma mulher que soube, muito bem como viver!
Este menino comigo é o Mário filho dela, ( esta foto foi tirada pelo Sr Francisco pai dele e ex-marido de Dona Ana - fotografo, quando eu tinha 5 anos ). Mário foi meu primeiro companheiro de brinquedos e está é a Dona Ana, costureira, de quem vós falei, um dia nós nos encontramos na cidade e não perdi tempo, registrei com minha câmera do celular.
Adorava comer feijão na casa dela, era um caldo ralo e clarinho, mais uma delícia! Inesquecível para mim.
A primeira tia de que me lembro, não era de fato minha tia, mas sim uma vizinha, que me tratava com carinho e paciência, que me dava presentinhos no dia das crianças e no Natal, ela chama-se Ana Rebolsas Palma, quando minha mãe saía era com ela que eu ficava. Me lembro até hoje do fogãozinho que ganhei dela.
Sentia tanta falta do meu pai...
A pessoa a qual convencionou de que eu tinha que chamar de pai, sumia por longos períodos, mas quando aparecia trazia muitos presentes e isto era bom, ele era divertido e ao mesmo tempo enérgico, eu tinha que falar: sim senhor, não senhor. Jamais responder: "Que!" Quando estava em casa, costumava mudar a terra das plantas, afofa-las e repartir as mudinhas em outros vasos, aprendi a gostar de regar as plantas, mas até hoje não gosto de sujar as mãos e mexer com terra. Não teve jeito. - Por um longo período de minha vida, acho até que fiquei de mal de mexer com estas coisas pois não suportaria tais lembranças. Traze-las de volta, eram demais para mim, as mais remotas lembranças de que tenho do meu pai, eram estas: mexendo com a terra, deve ser por isso que adoro cheiro de terra molhada, grama cortada, chuva, está tudo ligado. Ele foi a pessoa a quem aprendi amar primeiro
Só mesmo a pessoa sabe onde o sapato aperta.
Arrumaram uma botinha pra mim, com palmilha ortopédica, pra ajudar a fazer curvinha nos meus pés, talvez este tenha sido o primeiro cuidado que tiveram comigo de que me lembro, mas esqueceram de verificar que meus pés estavam crescendo, precisou que alguém dissesse, que eu estava andando de maneira feia, eram os calçados apertando meus dedinhos. Um dia adulta observei que ocorria o mesmo com a filha da minha vizinha, ela já estava ficando com os dedinhos deformados, coitadinha.
domingo, 13 de setembro de 2015
Me sentindo como um patinho feio.
Eu sou a ovelhinha que se perdeu do rebanho, mas como o pastor deixa suas 99 e vai atras daquela que se perdeu...
Sou o patinho feio que se tornou um cisne, a chapeuzinho que o lobo mau queria...ou podia ser
a Bela adormecida, a Cinderela, qualquer princesa, Rs. Mas o que eu sou mesmo é Alice no país das maravilhas. Por que moro num pais tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, com diria Jorge Ben Jor.
Talvez eu ainda seja uma garotinha, esperando o ônibus da escola, com minha meia três quartos.
Quem sabe o príncipe virou um sapo e vive dando no meu saco, talvez eu seja uma menina má...
Mas como é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, deixo aqui o meu recado, pode ser que sirva para alguém, saber um pouco do que eu passei e passo. Aqui, são só alguns tópicos que estarão detalhadamente no meu livro, creio que tenha sido sucinta, é mais para aguçar sua curiosidade.
Sou o patinho feio que se tornou um cisne, a chapeuzinho que o lobo mau queria...ou podia ser
a Bela adormecida, a Cinderela, qualquer princesa, Rs. Mas o que eu sou mesmo é Alice no país das maravilhas. Por que moro num pais tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, com diria Jorge Ben Jor.
Talvez eu ainda seja uma garotinha, esperando o ônibus da escola, com minha meia três quartos.
Quem sabe o príncipe virou um sapo e vive dando no meu saco, talvez eu seja uma menina má...
Mas como é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, deixo aqui o meu recado, pode ser que sirva para alguém, saber um pouco do que eu passei e passo. Aqui, são só alguns tópicos que estarão detalhadamente no meu livro, creio que tenha sido sucinta, é mais para aguçar sua curiosidade.
Eu sou a ovelhinha que se perdeu do rebanho.
Esta sou eu com um pouco menos de três anos, recém chegada em São José dos Campos, estranha no ninho, achando tudo muito estranho por aqui.Pessoas estranhas sorriem para mim, quarto estranho, com coisas estranhas acontecendo. Eu não sou daqui, aqui não é meu lugar e eu me sentindo como um patinho feio. Quem é toda essa gente? O que estou fazendo aqui? Socorro alguém me ajude, eu quero voltar pra casa, cadê a minha mãe e meus irmãos. Cercada de tanta gente, mas eu me sinto tão sozinha, chega a me dar calafrios. Com este tamanhinho eu já conheci o que é sentir frio na alma. É um frio que cobertor não aquece. E uma insonia por me sentir completamente insegura no meio dessa gente que quer que eu sorria para a foto. Pois eu não vou sorrir, agora não, porque sou a ovelhinha que se perdeu do rebanho e estou assustada e com medo de tudo e de todos.
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