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| Alayde Alves Ribeiro |
Biografia de: Alayde Alves Ribeiro
Nasceu em 10/10/1923 no Bairro do Cajuru, em São Jose dos Campos – São Paulo.
Filha de: José Alves Ribeiro e de Davina Maria da Conceição.
Deixada por sua mãe ainda pequena, sendo a filha mais velha, ajudou a
criar seus irmãos menores: Tereza, Zezinho e Breno.
Cresceu ajudando o pai no bar, ele era doceiro e confeiteiro, tinha um Box
no mercado Municipal onde vendia bolinho caipira. Era conhecido como José
Firmino.
Casou-se muito nova, com José Monteiro de Oliveira, (filho de Agenor de
Oliveira e de Maria Trindade Monteiro da mesma cidade), com quem teve dois
filhos, foi mãe aos 16 anos de José Roberto de Oliveira e deu o nome do seu
segundo filho de Eliseu Edson de Oliveira, em homenagem ao cunhado que havia
estado na guerra.
Foi uma das primeiras a se desquitar em São José dos Campos,
sobrevivendo aos preconceitos da época.
Dizia ter tido uma paixão apenas em sua vida, um tal, de Fernando.
Católica foi filha de Maria, mas como desquitada, não podendo mais
participar das missas, ia somente a missa de corpo presente e missa do Galo no
final do ano.
Costumava visitar pessoas enfermas em hospitais ou em suas casas e sabia
sempre uma receita de chá para cada enfermidade.
Para se manter, se tornou doceira, suas especialidades eram as cocadas,
de diversas cores e sabores, e também era bordadeira, uma verdadeira artista
dos bordados à mão, seus bordados ganharam o mundo nas roupas, das socialites
da região, sendo que a mais ilustre foi Dona Dagmar, (esposa do Sr. Osíris
Silva), Presidente e Cofundador da Embraer.
Viveu por 16 anos com o carreteiro carioca Irineu Rangel, com quem criou
uma filha, Alice, que recebeu o sobrenome do casal, Alves Rangel. ( Que sou eu)
Morou por muitos anos na mesma casa, alugada pela família Solinho, na Rua
Remo Cesaroni n° 115 da Vila Ema.
Era alegre, gostava de cantar, ouvia muita música, seus discos
preferidos eram: Orlando Silva, Silvio Caldas, Dalva de Oliveira, Ângela Maria,
Chico Buarque de Holanda e Roberto Carlos.
Era uma pessoa culta, porque lia muitos, livros, jornais e revistas,
mesmo sem ter estudado, além do segundo ano primário, dominava bem qualquer
assunto. Adora falar de futebol e política. Em sua casa havia uma verdadeira
biblioteca, a grande maioria dos livros ganhou de seu amigo e vizinho Remo
Cezaroni, assim como muitos objetos, quadros, utensílios domésticos e mobília.
Torcedora do Santos adorava, Pelé e não perdia um só jogo da copa do
mundo.
Sempre muito prestativa, era muito querida por seus vizinhos, que vinham
se aconselhar com ela.
Como pessoa próspera que era sempre emprestava dinheiro para seus
amigos.
Pessoa sem preconceito algum, recebia todo tipo de gente em sua casa,
cuja a porta já permanecia o tempo todo aberta, e todos eram bem vindos e bem
tratados. Tinha muitos amigos Gays.
Trabalhou na bilheteria do cinema, Cine Planetário do mesmo bairro e
ajudava no açougue do amigo José Monteiro do Amaral, (Casa de carnes Estrela do
Sul na Avenida Heitor Villa Lobos n° 923), levando café da manhã para os
funcionários, lavando o açougue e levando os panos dos açougueiros e seus
jalecos para lavar em casa.
Caseava, cobria botões, cirzia, costurava,bordava, mas na maior parte do
tempo ficava sentada numa poltrona bordando, fazia enxovais para noivas, para
bebês, fantasias de carnaval, vestidos de noivas, roupas para formatura,toalhas
para o altar de igrejas, jalecos de médicos e dentistas, etc.
Por época das festas juninas, era contratada pelos moradores do Jardim
Apolo e Colégio Cassiano Ricardo para fazer bolinho caipira.
Ela era baixinha e gordinha, mas notada e apreciada por todos que
conviviam com ela.
Teve um AVC aos 57 anos, o que fez com que interrompesse suas
atividades, mudou-se pouco tempo depois para o Jardim Satélite, onde viveu com
sua filha Alice, que logo se casou.
Treze anos depois quebrou o fêmur, passou por cirurgia, recuperando-se
muito bem.
Em 1996, ainda lúcida decidiu que queria morar no Asilo Santo Antonio no
Centro de São dos Campos e por lá ficou durante nove anos, onde a partir de
1998 começou a desenvolver o mau de Alzheimer. Veio a falecer aos 82 anos, no
dia 11 de março de 2005 de insuficiência respiratória aguda, broncopneumonia.
Esta sepultada no Cemitério Municipal Padre Rodolfo no Centro da cidade de São José
dos Campos.

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