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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Alayde mulher guerreira, que merece todas as honras!

- Dia 25 de Setembro de 2014 - Quinta-feira enviei biografia da minha mãe Dona Alayde Alves Ribeiro para a equipe de assessores do vereador Petiti, na tentativa de pleitear  uma placa com nome de rua na Cidade de SJCampos, em homenagem à ela. Mas hoje é dia 4 de fevereiro de 2020 e até então não obtive nenhuma resposta.

Alayde Alves Ribeiro


Biografia de: Alayde Alves Ribeiro
Nasceu em 10/10/1923 no Bairro do Cajuru, em São Jose dos Campos – São Paulo.
Filha de: José Alves Ribeiro e de Davina Maria da Conceição.
Deixada por sua mãe ainda pequena, sendo a filha mais velha, ajudou a criar seus irmãos menores: Tereza, Zezinho e Breno.
Cresceu ajudando o pai no bar, ele era doceiro e confeiteiro, tinha um Box no mercado Municipal onde vendia bolinho caipira. Era conhecido como José Firmino.
Casou-se muito nova, com José Monteiro de Oliveira, (filho de Agenor de Oliveira e de Maria Trindade Monteiro da mesma cidade), com quem teve dois filhos, foi mãe aos 16 anos de José Roberto de Oliveira e deu o nome do seu segundo filho de Eliseu Edson de Oliveira, em homenagem ao cunhado que havia estado na guerra.
Foi uma das primeiras a se desquitar em São José dos Campos, sobrevivendo aos preconceitos da época.
Dizia ter tido uma paixão apenas em sua vida, um tal, de Fernando.
Católica foi filha de Maria, mas como desquitada, não podendo mais participar das missas, ia somente a missa de corpo presente e missa do Galo no final do ano.
Costumava visitar pessoas enfermas em hospitais ou em suas casas e sabia sempre uma receita de chá para cada enfermidade.
Para se manter, se tornou doceira, suas especialidades eram as cocadas, de diversas cores e sabores, e também era bordadeira, uma verdadeira artista dos bordados à mão, seus bordados ganharam o mundo nas roupas, das socialites da região, sendo que a mais ilustre foi Dona Dagmar, (esposa do Sr. Osíris Silva), Presidente e Cofundador da Embraer.
Viveu por 16 anos com o carreteiro carioca Irineu Rangel, com quem criou uma filha, Alice, que recebeu o sobrenome do casal, Alves Rangel. ( Que sou eu)
Morou por muitos anos na mesma casa, alugada pela família Solinho, na Rua Remo Cesaroni n° 115 da Vila Ema.
Era alegre, gostava de cantar, ouvia muita música, seus discos preferidos eram: Orlando Silva, Silvio Caldas, Dalva de Oliveira, Ângela Maria, Chico Buarque de Holanda e Roberto Carlos.
Era uma pessoa culta, porque lia muitos, livros, jornais e revistas, mesmo sem ter estudado, além do segundo ano primário, dominava bem qualquer assunto. Adora falar de futebol e política. Em sua casa havia uma verdadeira biblioteca, a grande maioria dos livros ganhou de seu amigo e vizinho Remo Cezaroni, assim como muitos objetos, quadros, utensílios domésticos e mobília.
Torcedora do Santos adorava, Pelé e não perdia um só jogo da copa do mundo.
Sempre muito prestativa, era muito querida por seus vizinhos, que vinham se aconselhar com ela.
Como pessoa próspera que era sempre emprestava dinheiro para seus amigos.
Pessoa sem preconceito algum, recebia todo tipo de gente em sua casa, cuja a porta já permanecia o tempo todo aberta, e todos eram bem vindos e bem tratados. Tinha muitos amigos Gays.
Trabalhou na bilheteria do cinema, Cine Planetário do mesmo bairro e ajudava no açougue do amigo José Monteiro do Amaral, (Casa de carnes Estrela do Sul na Avenida Heitor Villa Lobos n° 923), levando café da manhã para os funcionários, lavando o açougue e levando os panos dos açougueiros e seus jalecos para lavar em casa.
Caseava, cobria botões, cirzia, costurava,bordava, mas na maior parte do tempo ficava sentada numa poltrona bordando, fazia enxovais para noivas, para bebês, fantasias de carnaval, vestidos de noivas, roupas para formatura,toalhas para o altar de igrejas, jalecos de médicos e dentistas, etc.
Por época das festas juninas, era contratada pelos moradores do Jardim Apolo e Colégio Cassiano Ricardo para fazer bolinho caipira.
Ela era baixinha e gordinha, mas notada e apreciada por todos que conviviam com ela. 
Teve um AVC aos 57 anos, o que fez com que interrompesse suas atividades, mudou-se pouco tempo depois para o Jardim Satélite, onde viveu com sua filha Alice, que logo se casou.
Treze anos depois quebrou o fêmur, passou por cirurgia, recuperando-se muito bem.
Em 1996, ainda lúcida decidiu que queria morar no Asilo Santo Antonio no Centro de São dos Campos e por lá ficou durante nove anos, onde a partir de 1998 começou a desenvolver o mau de Alzheimer. Veio a falecer aos 82 anos, no dia 11 de março de 2005 de insuficiência respiratória aguda, broncopneumonia. Esta sepultada no Cemitério Municipal Padre Rodolfo no Centro da cidade de São José dos Campos.

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