Dia 9 de Setembro de 2013, dia do veterinário. Isso me fez lembrar, o dia em que precisei sacrificar a minha Úrsula, a sensibilidade que teve com a situação a Dra Simone Michelon, naquela época. Como é bom, poder ter a compreenção de quem entende a sua dor.
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| Dra Simone Michelon |
- Eu não estava acostumada a freguentar clinicas veterianaris. Essa era uma prática nova para mim.
Meu Goméia e outros cães lá de casa, me parece que nunca adoeceram. O Gomeia por exemplo, quando descaderou, já com 12 anos, no mesmo dia morreu. Nos dois tínhamos a mesma idade, então eu não senti tanto, porque a convivencia com ele , não foi de muito tempo, ele já chegou adulto em casa. Ficava no quintal, dormia na casinha de madeira, que o meu pai fez pra ele, que ficava lá fora. Podia entrar dentro de casa, mas não ficava muito não. Era livre pra sair e voltar quando quizesse. Não erámos tão ligados, nem mesmo com o filho dele Tonico, eu senti tanto, quando precisei doa-lo, por não ter condições. Me apareceu uma boa alma disposta a ficar com ele.
- Mas minha Úrsula foi criada por nós como uma filha, Vicente e eu curtimos todas as fases dela, como quem tem um filho. Foi muito difícil ter que tomar esta decizão, optar pela eutanázia, mas ela estava sofrendo muito. Não havia outro jeito, mas, pior foi levar a fama de ruim, meus filhos eram pequenos e não entendiam. A Dra Simone, o Dr Airton e o Dr Ivo estavam formados recentemente e abriram uma clínica no Jardim Satélite. Eu os descobri por acaso, quando um dia passei em frente, indo levar as crianças para a escola. Então, não sei por que razão, um dia levei a Úrsula, para passar por consulta. Deve ter sido para vacinar. Lembro que eles me perguntaram, o que eu dava pra ela comer e eu disse: tudo o que nós comemos. Ela era uma vira-lata, linda e saudável, de pelagem dourada e olhos verdes. E nós a amavámos como uma pessoa da família.
